Narra??o: Shen Hua, Diretor do Departamento de Financiamento de Comércio da filial do Banco da China em Joanesburgo
A áfrica do Sul tem enfrentado há muito tempo graves problemas de escassez de eletricidade. Para aliviar essa crise energética, o governo sul-africano tem investido fortemente no desenvolvimento de energias renováveis nos últimos anos.
Em 2024, foi assinado o contrato do Projeto de Armazenamento em Massa do Grupo Oasis, licitado pelo governo sul-africano e construído pela PowerChina (China Power Construction). Quando concluído, o projeto terá capacidade de armazenar 1.000 megawatt-hora de eletricidade, o suficiente para suprir as necessidades diárias de 100 mil residências. Essa iniciativa ajudará a “iluminar milhares de lares” na Na??o Arco-íris.
O proprietário do Projeto Oasis é a électricité de France (EDF), uma importante empresa estrangeira no mercado energético sul-africano. Por muito tempo, a participa??o de empresas chinesas em projetos desse tipo era quase impossível.
As raz?es s?o práticas: por um lado, as empresas europeias e norte-americanas têm raízes profundas no setor energético sul-africano; por outro, muitas institui??es financeiras internacionais n?o compreendem bem o modelo operacional e a estrutura financeira das empresas chinesas. Especialmente nos projetos “de ativos leves” — focados principalmente em fornecimento de equipamentos e instala??o — é difícil obter apoio de crédito dos bancos locais.
Desta vez, porém, a situa??o mudou. A PowerChina foi selecionada como empreiteira, em grande parte gra?as ao forte apoio financeiro do Banco da China. Atuando como garantidor de crédito, o banco emitiu uma carta de garantia conforme os padr?es do mercado sul-africano, assegurando a execu??o do contrato pela PowerChina.
Esse passo quebrou as barreiras de entrada, permitindo que a empresa recebesse adiantamentos e avan?asse na constru??o do projeto, ao mesmo tempo em que reduziu os riscos para o cliente e melhorou significativamente a imagem profissional das empresas chinesas em projetos internacionais.

A áfrica do Sul foi um dos primeiros países africanos a assinar um memorando de entendimento com a China para a constru??o conjunta da Iniciativa “Cintur?o e Rota” (BRI). O tema “verde” é uma característica marcante dessa iniciativa, e o desenvolvimento sustentável e a coopera??o no setor de energia também s?o áreas prioritárias de apoio do Banco da China no país.
Em 2022, a filial do Banco da China em Joanesburgo emitiu o primeiro título verde da áfrica liderado por um banco chinês, captando US$ 300 milh?es. Em 2024, concedemos 30 milh?es de yuans em financiamento à China State Construction na áfrica do Sul para apoiar a amplia??o da rodovia de Durban. Já em julho deste ano, assinamos um novo acordo com a fábrica da BAIC na áfrica do Sul para apoiar projetos de veículos elétricos.
O financiamento é um dos principais pilares da Iniciativa “Cintur?o e Rota”. Cada opera??o financeira atua como um “impulsionador” e “l(fā)ubrificante” na transforma??o da coopera??o sino-sul-africana de um ideal em realidade, contribuindo para a integra??o da Iniciativa BRI com o “Plano de Reconstru??o e Recupera??o Econ?mica” da áfrica do Sul.
(Relato organizado por Song Ge e Zhong Wenxing, repórteres do Diário do Povo Online)