Por Lu Daxin
As mudan?as climáticas s?o um desafio comum para a toda a humanidade. Sendo um grande país em desenvolvimento responsável, a China sempre atua com firmeza e contribuiu significativamente para o desenvolvimento verde global. Anunciou em setembro de 2020, o compromisso de atingir o pico de emiss?es de carbono até 2030 e a neutralidade de carbono até 2060. Cinco anos passados, a China tem hoje o sistema de energia renovável de maior escala e crescimento mais rápido, bem como a maior e a mais completa cadeia produtiva de novas energias no mundo. Assume também a dianteira em reflorestamento com um quarto da nova área verde crescida no planeta, e é o primeiro país de crescimento zero da degrada??o do solo. A satisfa??o da popula??o chinesa com o meio ambiente mantém-se acima de 90% ao longo de todos esses anos.
A China defende que no processo da transi??o verde global, a justi?a e a equidade devem ser defendidas e o direito ao desenvolvimento dos países em desenvolvimento deve ser plenamente respeitado, e que a transi??o deve servir para reduzir, ao invés de alargar, o fosso entre o Norte e o Sul. Com esfor?os da China, caíram nos últimos dez anos, respectivamente, mais de 60% e 80% os custos nivelados globais da produ??o das energias eólica e solar, chegaram a todo o mundo energias limpas a pre?os acessíveis, sobretudo aos países em desenvolvimento. Atualmente, 58% da energia solar do mundo é gerada nos países de renda baixa e média, uma conquista inseparável dos esfor?os chineses. A China empenha-se em promover a coopera??o Sul-Sul na luta contra as mudan?as climáticas, tendo assinado atos de projeto com 42 países e disponibilizado e mobilizado mais de 177 bilh?es de yuans para apoiar países em desenvolvimento, sobretudo pequenos Estados insulares e países menos desenvolvidos, na adapta??o e mitiga??o das mudan?as climáticas.
Assim como a China, os países da América Latina e do Caribe atribuem grande importancia à agenda climática. Os dois lados vêm desenvolvendo uma coopera??o diversificada de resultados frutíferos, e estabeleceram um mecanismo eficiente de coopera??o climática. O tema é sempre incorporado nos quatro planos de a??o conjunta China-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) para coopera??o em áreas-chave desde a Primeira Reuni?o Ministerial do Fórum China-CELAC(FCC) em 2015. No ambito do FCC, a primeira reuni?o do Fórum Ministerial China-CELAC sobre Coopera??o em Gest?o de Desastres, realizada online em agosto de 2022, lan?ou oficialmente o mecanismo de coopera??o em gest?o de desastres China-América Latina e Caribe. Por meio desse mecanismo, a China e a América Latina e o Caribe fortaleceram a coopera??o em preven??o e resgate de desastres, recupera??o e reconstru??o pós-desastre e adapta??o às mudan?as climáticas, ajudando efetivamente a regi?o a aumentar a resiliência do seu desenvolvimento.
A coopera??o em projetos de energia verde com a China impulsionou a transi??o de desenvolvimento dos países da América Latina e Caribe. A Hidrelétrica de San Gabán III, investida e construída por uma empresa chinesa no Peru, entrou oficialmente em opera??o este ano, aliviando a escassez de eletricidade para mais de um milh?o de pessoas. O Complexo Eólico Tanque Novo no Brasil reduz anualmente 650 mil toneladas de emiss?es de dióxido de carbono, equivalente à refloresta??o de 1.800 hectares. A Usina Fotovoltaica Cauchari na Argentina se tornou o projeto solar com maior capacidade instalada e maior altitude da América do Sul, sendo descrita como o “girassol” que floresce na Cordilheira dos Andes.
Os veículos de energia nova chineses melhoraram a qualidade e aumentaram o teor verde dos sistemas de transporte, setor responsável por 20% das emiss?es totais de gases de efeito estufa na América Latina e Caribe. Atualmente, os veículos supracitados detêm metade do mercado da regi?o, enquanto 6.000 ?nibus 100% elétricos chineses est?o em opera??o nas ruas de países como Brasil, Chile, Col?mbia e Uruguai, trazendo conveniência aos cidad?os e contribuindo para a redu??o de emiss?es nas cidades.
A China e a América Latina e o Caribe se dedicam à prote??o de ecossistemas como florestas. Em 2021, a China, o Brasil e outros países da regi?o assinaram a Declara??o dos Líderes em Glasgow sobre Florestas e Uso do Solo por ocasi?o da 26a Conferência das Na??es Unidas sobre Mudan?a Climática(COP 26), comprometendo-se a alcan?ar o zero desmatamento até 2030. Recentemente, a chegada à China de soja brasileira livre de desmatamento e convers?o demonstrou ao mundo a determina??o e as a??es da coopera??o China-América Latina e Caribe em agricultura sustentável.
A China prioriza a coopera??o climática com pequenos Estados insulares como os do Caribe. Estabeleceu o Fundo China-Caribe para Redu??o e Preven??o de Desastres, ajudando os países caribenhos a enfrentar desastres climáticos. Criou o Centro de Desenvolvimento China-Caribe para promover a coopera??o pragmática em oito áreas, incluindo seguran?a alimentar, enfrentamento às mudan?as climáticas e desenvolvimento verde. Lan?ou a Iniciativa Internacional de Coopera??o para Ilhas de Zero Carbono, auxiliando os países caribenhos a construir ilhas verdes. Apenas algumas semanas atrás, a China assinou com a Guiana um Memorando de Entendimento sobre o Projeto de Mobilidade Verde e Baixo Carbono no ambito da Coopera??o Sul-Sul para o Enfrentamento às Mudan?as Climáticas, por meio do qual providenciará veículos de energia nova e instala??es de carregamento à Guiana, apoiando-a a dar um exemplo de transi??o à baixa emiss?o no setor de transporte.
Em setembro deste ano, o Presidente Xi Jinping proferiu um discurso na Cúpula do Clima das Na??es Unidas, anunciando que a China vai, até 2035, reduzir as emiss?es líquidas de gases de efeito estufa, em toda a economia, em 7 a 10 por cento abaixo dos níveis máximos. Trata-se da primeira meta de redu??o de emiss?es em volume absoluto que abrange toda a sua economia e todos os gases de efeito estufa, marcando o início de uma nova jornada de desenvolvimento que é mais sistemática e abrangentemente resiliente e de baixa emiss?o. “Sabemos que a China tem um longo e impressionante histórico de atingir e superar suas metas para mudan?a climática e energia limpa. é de apre?o nosso que o Presidente Xi Jinping n?o apenas prop?s novas metas de redu??o de emiss?es, mas também deixou claro que a China fará ainda melhor.” afirmou Simon Stiell, Secretário Executivo das Na??es Unidas para Mudan?as Climáticas.
A 30a Conferência das Na??es Unidas sobre Mudan?a Climática (COP30) será realizada em Belém, no cora??o da amaz?nia brasileira. O anúncio das Novas Contribui??es Nacionalmente Determinadas (NDCs) da China é um apoio concreto ao Brasil, anfitri?o da conferência, e um estímulo à confian?a da comunidade internacional no processo de governan?a climática global. A China gostaria de trabalhar junto com os países da América Latina e do Caribe e a comunidade internacional, para promover a forma??o de uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade, enfrentar de m?os dadas os desafios climáticos e ambientais e proteger o nosso planeta azul.