O III Fórum Bahia-China foi aberto na ter?a-feira em Salvador, capital do estado da Bahia, nordeste do Brasil. Mais de 300 participantes dos círculos políticos, comunidades empresariais e institui??es acadêmicas da China e do Brasil se reuniram para deliberar sobre o desenvolvimento econ?mico sustentável e a coopera??o no combate à pobreza.
Em seu discurso de abertura por vídeo, o embaixador chinês no Brasil, Zhu Qingqiao, indicou que a transforma??o atual, sem precedentes em um século, está se acelerando. Ele disse que por um lado, o mundo está assolado por turbulências e desordem, com a intimida??o unilateral grassando e as regras e a ordem internacionais sendo severamente prejudicadas, e, por outro lado, o Sul Global está ganhando um impulso significativo, desempenhando um papel construtivo cada vez maior na salvaguarda da paz mundial e na promo??o do desenvolvimento comum. O embaixador assinalou que a China e o Brasil, como grandes potências do Sul Global, devem administrar bem seus próprios assuntos e, ao mesmo tempo, fortalecer ainda mais a coopera??o.
A c?nsul-geral da China no Rio de Janeiro, Tian Min, observou que, sob a orienta??o estratégica dos chefes de Estado dos dois países, as rela??es China-Brasil est?o atualmente no seu melhor momento histórico. Os dois lados est?o aprofundando continuamente a constru??o de uma comunidade China-Brasil com um futuro compartilhado, aprimorando o alinhamento das estratégias e fortalecendo a coopera??o prática em áreas-chave, como infraestrutura, desenvolvimento da cadeia industrial e transforma??o ecológica, disse Tian, acrescentando que isso n?o só beneficia os povos dos dois países, mas também injeta certeza na estabilidade e no desenvolvimento da economia global.
Tian destacou que o estado da Bahia possui uma localiza??o geográfica vantajosa, recursos abundantes e diversidade cultural, com pontos fortes únicos em energia, portos, inova??o, agricultura e turismo, e por isso a coopera??o entre a China e o estado da Bahia tem bases sólidas e amplas perspectivas.
Este ano, vários projetos chineses implementados no estado da Bahia progrediram tranquilamente: a fábrica de veículos de nova energia da BYD em Cama?ari iniciou suas opera??es; um acordo complementar foi assinado para o projeto da ponte marítima Salvador-Itaparica; e as fábricas da Sinoma Blade e da Goldwind Science & Technology na Bahia est?o operando de forma estável.
No fórum, o vice-governador da Bahia, Geraldo Júnior, afirmou que a experiência da China no combate à pobreza contribuiu para a saída da pobreza de mais de 24 milh?es de brasileiros, incluindo um milh?o na Bahia, o que tem um significado importante para o Brasil. Ele também mencionou que a Bahia mantém uma estreita coopera??o com a China na transi??o energética, particularmente nos setores de hidrogênio, energia eólica e solar.
José Acácio Ferreira, diretor-geral da Superintendência de Estudos Econ?micos e Sociais da Bahia, disse que a Bahia enviou um número recorde de 72 funcionários à China para estudar como 800 milh?es de pessoas saíram da pobreza extrema em 50 anos e para explorar como essas li??es podem ser aplicadas na Bahia.
O fórum, que dura até o dia 26, é organizado de forma conjunta pela Superintendência de Estudos Econ?micos e Sociais da Bahia, Consulado-Geral da China no Rio de Janeiro e escritório no Brasil do Programa das Na??es Unidas para o Desenvolvimento. O evento inclui vários painéis temáticos, que abordam temas como estratégias de desenvolvimento econ?mico e redu??o das desigualdades, industrializa??o sustentável, transi??o energética justa, inova??o tecnológica, e inclus?o socioprodutiva, entre os outros, tendo como objetivo fortalecer a coopera??o bilateral entre o Brasil e a China, consolidando o estado da Bahia como um centro estratégico para a inova??o e o desenvolvimento industrial sustentável no nordeste do Brasil.