A carta do Jap?o endere?ada ao secretário-geral da ONU, António Guterres, está repleta de opini?es err?neas e mentiras hipócritas, afirmou Lin Jian, porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, na ter?a-feira.
Lin declarou em uma coletiva de imprensa regular que as declara??es err?neas da primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, sobre Taiwan, desafiam abertamente os resultados vitoriosos da Segunda Guerra Mundial e a ordem internacional do pós-guerra, constituindo uma grave viola??o dos propósitos e princípios da Carta das Na??es Unidas. A carta da China ao Secretário-Geral da ONU, expondo sua posi??o solene, foi totalmente justificada e necessária.
Ele afirmou que a carta do lado japonês está repleta de opini?es err?neas e mentiras. O lado japonês mencionou na carta a chamada "posi??o consistente" sobre a quest?o de Taiwan. Mas quanto ao que exatamente seria essa "posi??o consistente", o lado japonês continua a se esquivar da pergunta e ainda n?o deu uma resposta direta à China.
"Perguntamos mais uma vez ao lado japonês: o governo japonês pode fornecer à comunidade internacional uma explica??o completa e precisa de sua 'posi??o consistente' sobre a quest?o de Taiwan, conforme estabelecido nos quatro documentos políticos entre os dois países?", disse Lin.
Ele afirmou que o lado japonês alega que o Jap?o adere a uma "estratégia de defesa passiva, que é exclusivamente orientada para a defesa", e afirma que as declara??es de Takaichi se baseiam nessa posi??o. Taiwan é território chinês. Como resolver a quest?o de Taiwan é uma quest?o interna da China e n?o admite interferências externas. No entanto, Takaichi vinculou a "situa??o de amea?a à sobrevivência" do Jap?o a uma "contingência de Taiwan", insinuando o uso da for?a contra a China.
"é isso que significa a 'estratégia de defesa passiva, que é exclusivamente orientada para a defesa' do lado japonês?", questionou Lin.
Lin disse que o Artigo 2(4) do Capítulo I da Carta das Na??es Unidas estipula que "Todos os Membros devem abster-se, em suas rela??es internacionais, da amea?a ou do uso da for?a".
"Como líder de um país derrotado na Segunda Guerra Mundial, Takaichi amea?ou um país vitorioso com o uso da for?a em caso de uma 'situa??o de risco de sobrevivência'. Como o lado japonês pode ter a audácia de afirmar que 'sempre respeitou e aderiu ao direito internacional, incluindo a Carta da ONU'?", questionou.
O lado japonês também insinua acusa??es sobre o desenvolvimento da defesa e as "medidas coercitivas" de outros países. Isso nada mais é do que uma tentativa de transferir a culpa, acrescentou.
Na verdade, desde a derrota do Jap?o, as for?as de direita dentro do país nunca cessaram de tentar encobrir seu histórico de agress?o. O Jap?o aumentou seu or?amento de defesa por 13 anos consecutivos, removeu a proibi??o do exercício do direito à autodefesa coletiva, relaxou as restri??es às exporta??es de armas mais de uma vez, desenvolveu a capacidade de atacar bases inimigas, tentou alterar os "três princípios n?o nucleares", esvaziou ainda mais as disposi??es sobre o Jap?o claramente estipuladas na Declara??o do Cairo e na Proclama??o de Potsdam e descumpriu os compromissos assumidos em sua Constitui??o, afirmou.
Lin referiu que é o lado japonês, e n?o outros, que tem se empenhado na expans?o prolongada de suas capacidades militares, adotando medidas coercitivas e tentando mudan?as unilaterais no status quo, apesar da oposi??o dos países vizinhos. Ele acrescentou que, diante de todos esses motivos, a Miss?o Permanente da China junto à ONU enviou mais uma vez uma carta ao Secretário-Geral da ONU, reiterando a firme posi??o chinesa.
Observando que este ano marca o 80o aniversário da vitória da Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agress?o Japonesa e da Guerra Mundial Antifascista, ele disse que a China se op?e firmemente à revers?o do curso da história por parte do Jap?o, ao desafio à ordem internacional pós-guerra e à homenagem aos militaristas.
"Instamos mais uma vez o lado japonês a fazer uma profunda reflex?o, retificar seus erros, cumprir suas obriga??es como país derrotado, tomar medidas práticas para honrar seus compromissos com a China e a comunidade internacional, e parar de renegar suas palavras", disse Lin.