GUANGZHOU, 20 de julho (Diário do Povo Online) - Um total de 600 mil médicos chineses assinaram uma peti??o “online” apelando para o fim de ataques violentos contra trabalhadores da saúde, depois de uma médica ter ficado ferida, quarta-feira passada (15), pelo seu paciente na Província de Guangdong, sul da China.
A polícia chinesa, a nível da cidade de Huizhou, em Guangdong, disse domingo último (19) que o suspeito, cujo sobrenome é Liao, confessou o ataque contra a médica, Ou Lizhi, do Hospital do Povo no Distrito de Longmen.
Ataques contra trabalhadores da saúde tem estado provocando a indigna??o pública, especialmente no setor médico. Mais de 600 mil médicos comprometeram-se até domingo último a participar na campanha da mídia social.
A Comiss?o Provincial da Saúde e Planeamento Familiar de Guangdong pediu sexta-feira passada (17) aos hospitais para cooperarem com departamentos locais de seguran?a pública para o estabelecimento de esquadras nos hospitais ou afeta??o de agentes da polícia.
O pedido é extensivo a coloca??o de cameras de vigilancia e de equipamentos de alarme.
Uma investiga??o policial sobre o ataque de Longmen indica que Liao, o suposto atacante, teria ido, quarta-feira passada (16), ao gabinete dos médicos no hospital de Longmen para procurar a Dra. Ou, uma antiga sua médica, para alegadamente inquiri-la sobre suas dores de cabe?a.
Porque a Dra Ou n?o se encontrava de servi?o, ela pediu ao paciente para que se dirigisse ao departamento ambulatório.
A resposta agitou Liao que, posteriormente, tirou uma faca da bolsa, ferindo a Dra. Ou na m?o direita e bra?o esquerdo, antes de ser neutralizado por terceiros.
Liao disse que tinha ódio contra os médicos por supostamente acreditar que os medicamentos a ele prescritos pela Dra. Ou s?o a raz?o das suas crónicas dores de cabe?a.
Entretanto, o diretor da Associa??o Médica de Guangdong, Tian Wuhan, afirmou que a frequente violência hospitalar n?o só deixa les?es físicas e traumas psicológicos aos funcionários médicos, mas também comprometem a rela??o entre os médicos e pacientes.
No passado mês de junho, pelo menos 12 casos de ataques violentos contra pessoal da saúde ocorreram nos hospitais chineses.
Uma pesquisa realizada no passado mês de maio pela Associa??o Chinesa de Médicos indica que 13% de 12.600 médicos disseram que, ano passado, foram agredidos fisicamente pelos seus pacientes e perto de 60% se queixaram de abusos verbais.
Os médicos afirmaram, ainda, que devido a estas práticas sentem falta de seguran?a nos seus locais de trabalho.