SHANGHAI, 21 de agosto (Diário do Povo Online) - A emiss?o de carbono da China tem sido superestimada por 10,6 bilh?es de toneladas nos últimos 13 anos, cerca de 100 vezes da redu??o de emiss?es reais dos países desenvolvidos ocidentais desde 1994, sob o quadro do Protocolo de Quioto, disse um relatório publicado última quinta-feira (20) na revista científica com reputa??o internacional “Nature”.
O relatório foi elaborado por uma equipe composta por 24 órg?os de pesquisas científicas chineses e estrangeiras, incluindo o Instituto de Pesquisas Avan?adas de Shangai da Academia Chinesa de Ciências, Universidade de Harvard, Universidade Tsinghua, entre outros.
Segundo a reportagem do jornal britanico “The Guardian”, os pesquisadores analisaram dados de fornecimento de 4200 minas de carv?o e seu trabalho de contabilidade cobriu 99% dos tipos e departamentos de emiss?es de carbono na China. Eles descobriram que as emiss?es de carbono da China em 2013 foram cerca de 15% mais baixo do que o volume anteriormente estimado.
Por causa da superestima??o da emiss?o de carbono, a China possui uma má reputa??o n?o devida indicou o jornal norte-americano “International Bussiness Times”.
A Agence France Presse disse ontem que a lista de emiss?o de carbono é o fundamento principal para as negocia??es internacionais a serem realizadas na 21a Conferência das Partes da Conven??o Quadro das Na??es Unidas sobre Mudan?as Climáticas, prevista para o fim do ano em curso, em Paris.
Os países estrangeiros sempre prestam alta aten??o às emiss?es de carbono da China, por isso, isto n?o é somente uma quest?o de meio-ambiente e ciência, mas envolve o desenvolvimento econ?mico da China e seu direito de voz nas negocia??es internacionais, frisou Wang Gengchen, pesquisador do Instituto de Pesquisas da Física Atmosférica da Academia Chinesa de Ciências.
Segundo ele, ainda n?o é determinado se a China vai apresentar este relatório na conferência ou n?o, mas a academia doméstica vai prestar aten??o a esta quest?o, e diversos órg?os acadêmicos v?o continuar pesquisas concernentes.