A já em queda economia do Brasil sofreu outro golpe no início deste mês, quando a sua nota de crédito foi reduzida ao status de “l(fā)ixo” pela Standard&Poors (S&P). As empresas chinesas no Brasil, no entanto, est?o enfrentando a turbulência econ?mica na maior economia da América do Sul com confian?a, observando oportunidades e fortalecimento as suas próprias opera??es.
Desde o início de 2015, a economia brasileira tem ido mal, aumentando a perspectiva pessimista dos mercados. Novos dados oficiais mostraram que a economia do Brasil deverá encolher 2,1%, a taxa de infla??o anual deverá ser de 9,25% e a taxa de desemprego chegar a quase 9%.
Segundo ‘O Globo’, a atual crise econ?mica do Brasil está diminuindo a confian?a das pessoas na economia. O índice Nacional de Confian?a (INC), que mede a confian?a dos brasileiros na economia do país, caiu para o menor nível desde que o indicador foi criado em 2005, informou o jornal brasileiro, citando a Associa??o Comercial de S?o Paulo.
O golpe mais recente na economia brasileira ocorreu no início deste mês, quando a S&P baixou a nota de crédito do Brasil para BB+, o primeiro nível da categoria "lixo".
Zhang Guanghua, vice-presidente da subsidiária do Banco da China no Brasil, pensa que as dificuldades econ?micas do país também apresentam oportunidades.
Segundo ele, a crise econ?mica fez com que o governo brasileiro pasasse a considerar abrir o país para oportunidades de investimentos em projetos de infraestrutura, tais como ferrovias, rodovias e portos. Espera-se que nos próximos dois anos, a política de investimentos do Brasil seja mais transparente e aberta.
Enquanto isso, alguns ativos do Brasil que n?o estavam abertos para o mercado têm sido usados para superar a estagna??o da economia. Zhang usou como exemplo a petrolífera estatal, Petrobras, dizendo que algumas das plataformas de perfura??o da empresa est?o sendo vendidas porque a empresa está envolta em escandalos de corrup??o. "é um bom momento para intervirmos", acrescentou.
Desde o primeiro trimestre de 2015, o governo brasileiro tem agido para combater o fraco desempenho da economia. Em entrevista à Globonews, um canal de notícias, o Ministro da Economia do Brasil, Joaquim Levy, também apresentou uma perspectiva otimista. "Paramos de piorar do ponto de vista de uma perspectiva estrutural, e agora estamos come?ando a melhorar", disse ele.
A montadora chinesa Chery espera produzir 10 mil veículos em sua fábrica no Brasil este ano, e espera expandir em breve a sua produ??o e presen?a no país. Peng Jian, presidente da Chery no Brasil, disse que a empresa está trabalhando duro para oferecer novas op??es para os consumidores brasileiros.
Ele também acredita que agora é o momento para as empresas chinesas melhorarem as suas próprias capacidades e se focarem na prepara??o a longo prazo.
A indústria automobilística no Brasil está enfrentando uma crise, com a produ??o e vendas em baixa, enquanto as montadoras est?o demitindo centenas de trabalhadores qualificados, mas Chery está investindo na expans?o de suas opera??es no país.
No entanto, as empresas chinesas no Brasil, tais como a Chery, ainda têm um longo caminho a percorrer. A Chery tem operarado no Brasil já faz alguns anos, mas os consumidores brasileiros permanecem relativamente desfamiliarizados com os veículos chineses, e muito mais acostumados as quatro grandes empresas do setor no Brasil: Volkswagen, GM, Ford e Fiat.
Zhang sugeriu que as empresas chinesas que decidam investir no Brasil respeitem estritamente às leis e n?o procurem atalhos que possam levar à enormes perdas financeiras. As empresas chinesas devem estudar o ambiente legal e fiscal e também entender como funciona o mercado brasileiro, disse.