FUKUSHIMA, 22 de outubro (Diário do Povo Online) – Segundo o Ministério de Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Jap?o, um operário da Central Nuclear de Fukushima I padece de leucemia devido à exposi??o aos elevados índices de radia??o presentes na central. Esta foi a primeira vez que as autoridades japonesas reconhecem um caso de cancro como consequência direta da crise nuclear iniciada em 2011.
De acordo com um porta-voz do Ministério, a leucemia foi diagnosticada num operário do sexo masculino, após uma visita ao hospital, devido a uma indisposi??o persistente.
Um terramoto e um tsunami de grandes propor??es assolaram, no dia 11 de mar?o de 2011, o leste do Jap?o. Três dos quatro reatores da Central Nuclear de Fukushima explodiram, devido aos estragos causados pelo tsunami, causando um desastre nuclear comparado à crise de Chernobil.
Após o derrame, a Tokyo Electric Power Company instalou uma gaiola nos prédios dos reatores danificados, para conter fugas de material radioativo para o mar. Segundo o porta-voz, o doente era um operário que fazia parte da equipa responsável por edificar a “gaiola”, tendo trabalhado na sua constru??o por mais de um ano.
Apesar de envergar roupas de prote??o durante os trabalhos de constru??o, o homem estava ainda sujeito a uma pequena quantidade de radia??o. No total, foi exposto a um total de 19,8 millisieverts, incluindo 15.7 durante o seu trabalho na Central Nuclear de Fukushima I de outubro de 2012 a dezembro de 2013.
O governo japonês, até agora, sempre negou que os casos de cancro entre os trabalhadores de Fukushima e dos residentes das redondezas tivessem qualquer rela??o com o vazamento nuclear.
Tradu??o: Juliano Ma
Revis?o: Mauro Marques