Com a nomea??o de Michel Temer para o cargo de presidente interino do Brasil, a confian?a do mercado e de parte da popula??o brasileira registrou um aumento. Afirmando que n?o participará das elei??es presidenciais de 2018, Temer tenta neutralizar as for?as de oposi??o. Entretanto, o governo interino enfrenta três desafios: agita??o política, recess?o econ?mica e desajuste fiscal.

Atualmente, nenhum membro do Partido dos Trabalhadores (PT) comp?e o quadro do governo interino, além de terem anunciado “forte oposi??o” à ele, o pode ser uma barreira para Temer no Congresso.

Ao mesmo tempo, Temer foi acusado de estar envolvido no caso de corrup??o da Petrobras, embora ele n?o esteja sendo investigado pela justi?a.

Por outro lado, o baixo pre?o das commodities no mercado internacional afeta gravemente a economia do Brasil, causando recess?o no país e, consequentemente, alta taxa de desemprego. Calcula-se que o déficit fiscal de 2016 ultrapasse os 96,6 bilh?es de reais, número previsto pelo governo Dilma. As agências internacionais de classifica??o como a Moody’s, Fitch e S&P rebaixaram a nota de crédito do Brasil para negativo.

No entanto, as dificuldades do Brasil n?o poder?o ser resolvidas no curto prazo. No discurso proferido na cerim?nia de “posse”, Temer assinalou que o país “está em um período difícil” e que a recupera??o econ?mica demandará tempo. Todos os partidos, organiza??es e o povo devem cooperar para que o país saia da crise, afirmou o presidente interino.

Fazer economia é a ideia principal de Temer para lidar com o déficit fiscal. Mas, no curto prazo, ele n?o tem muitas op??es: o aumento de impostos poderia provocar forte oposi??o; a diminui??o das despesas em projetos sociais pode gerar a insatisfa??o dos eleitores; e o corte no número de ministérios n?o é suficiente para preencher a lacuna fiscal.

O novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que um novo plano fiscal já foi elaborado, mas que ele n?o será publicado antes da aprova??o do Congresso.

Antes disso, Meirelles havia dito que a realiza??o do ajuste fiscal precisa de dois anos.

O ex-presidente do Brasil, Fernando Cardoso, comentou que “Temer n?o tem nenhuma chance para cometer erros...ele tem de fazer um milagre”. Em uma entrevista à revista brasileira época, Temer rebateu dizendo que vai despender todos os esfor?os, mas que n?o vai conseguir fazer um milagre em dois anos”.