Beijing, 28 jun (Xinhua) -- A China está considerando criar um sistema de revela??o de informa??es e permitir que auditores de terceira parte supervisionem o uso de doa??es às sociedades da Cruz Vermelha em todo o país, segundo um projeto de lei divulgado no mais alto órg?o legislativo na segunda-feira.
O projeto de lei para revisar a Lei de Sociedade da Cruz Vermelha foi submetido para a primeira leitura na atual sess?o bimestral do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), o principal órg?o legislativo chinês.
As sociedades da Cruz Vermelha devem divulgar regularmente as informa??es sobre doa??es recebidas e como elas s?o gastas, segundo o projeto.
As sociedades devem estabelecer um sistema para gest?o financeira, controle interno, auditoria pública assim como supervis?o e exame de seus fundos e ativos, estipula o projeto.
Agências independentes de terceira parte devem ser contratadas para a auditoria das fontes e uso do dinheiro e materiais doados, e os resultados devem ser informados à diretoria das sociedades da Cruz Vermelha, segundo o projeto de lei.
O projeto diz que um conselho de supervisores deve ser estabelecido nas sociedades da Cruz Vermelha em diversos níveis para supervisionar a diretoria e seu comitê executivo.
Segundo o documento, aqueles que fabricarem, divulgarem e espalharem informa??es falsas para denegrir a Sociedade da Cruz Vermelha da China (SCVC) enfrentar?o responsabilidade civil ou criminal.
A revis?o visa melhorar a supervis?o e a administra??o interna das sociedades da Cruz Vermelha em resposta à preocupa??o pública, disse Wang Longde, vice-chefe do Comitê de Educa??o, Ciência, Cultura e Saúde da APN, durante a sess?o, que acontece de segunda-feira até sábado.
O projeto é a primeira tentativa para revisar a lei em mais de duas décadas desde que foi promulgada em 1993.
As sociedades da Cruz Vermelha da China foram assoladas por uma crise de confian?a nos últimos anos.
A reputa??o da SCVC foi manchada em 2011, quando uma mulher chamada Guo Meimei, que disse trabalhar para uma associa??o afiliada à organiza??o, divulgou fotografias online mostrando seu estilo de vida de luxo. A a??o levou à especula??o de que o dinheiro de caridade poderia ser desviado para financiar suas extravagancias.