Beijing, 30 jun (Xinhua) -- Há quase 100 milh?es de anos, dois pássaros ficaram presos em fluído grudento de uma árvore de floresta tropical. Agora, as asas deles, enterradas em ambar (resina fóssil), est?o oferecendo aos cientistas novos conhecimentos sobre a evolu??o dos pássaros.
O pequeno espécime foi descoberto no vale de Hukawng no norte de Mianmar e incluído no jornal "Nature Communications".
Esta é a primeira vez que as asas foram descobertas conservadas em ambar. Penas individuais ou peda?os de penas foram encontrados com frequência.
As amostras têm duas pontas de asas perfeitamente preservadas com todas as características intatas, incluindo tecido mole de dois pássaros, que cientistas acreditam que foram criados há 100 milh?es de anos durante o período cretáceo, cerca de 45 milh?es de anos depois os primeiros pássaros ou dinossauros aviários se desenvolveram.
Cada peda?o mede apenas alguns centímetros de comprimento e provavelmente pertence aos enantiornithines, um grupo de aves dentadas.
O tamanho e desenvolvimento do esqueleto das asas sugerem que as aves eram jovens quando ficaram agarradas por seiva, segundo o co-autor do estudo, Dr. Xing Lida da Universidade de Geociência da China.
Todos os estudos anteriores de aves cretáceas foram baseados em fósseis, resíduos bidimensionais preservados em pedras sedimentares.
"O espécime de ambar oferece uma oportunidade sem igual para vermos aves dentadas extintas de maneira mais fiel à realidade", disse Xing. "é impressionante."
De acordo com Xing, os pesquisadores também conseguiram um outro grupo de ambar que inclui amostras de vertebrados.
"Logo, poderemos ver uma cole??o diversa de fauna de vertebrados do Sudeste Asiático durante o período cretáceo", afirmou.