Durante a competi??o Shanghai Rolex Masters, o atual no1 do ténis mundial, Novak Djokovic, concedeu uma entrevista exclusiva ao canal de desporto do Diário do Povo Online, onde abordou a recupera??o da sua les?o, a situa??o atual do ténis mundial, o desenvolvimento do desporto na China entre outros temas relevantes da sua atividade profissional.
Após perder no US Open em setembro, Djokovic, que sofria de uma les?o fora obrigado a permanecer fora to court. Esta competi??o marcou o regresso à competi??o do sérvio após um mês.
Indagado a comentar a sua les?o, Djokovic assegurou aos jornalistas que havia recuperado da les?o e que estava pronto para voltar à competi??o em Shanghai.
Ao fazer uma retrospetiva sobre a sua performance nesta temporada, Djokovic diz n?o ter arrependimentos.
“Estou satisfeito com a minha performance. Durante este ano n?o tenho quaisquer arrependimentos, ou qualquer coisa que me deixe desapontado, tudo acontece por um motivo”, disse.
“Desde julho de 2011, quando me tornei no no1 do ranking do ténis, passei 5 anos inesquecíveis. Estou muito orgulhoso do meu nível ao longo destes anos. Quero agradecer à minha família, à minha equipe e a todos aqueles que me acompanham e me apoiam”, frisou.
O tenista referiu ainda ter encontrado nos últimos anos uma forma de balancear a carreira profissional com a vida pessoal.
“Sinto-me feliz. Durante a vida, sem dúvida que em momentos-chave tenho que me esfor?ar. Mas tudo na vida decorre de forma gradual, as mudan?as vêm sempre acompanhadas do aperfei?oamento pessoal. Agora sou pai. O meu filho fará este ano dois anos, ainda me falta experienciar muitas coisas novas. Além do ténis, há ainda muitas coisas pelas quais tenho interesse”, prosseguiu.
No que diz respeito ao ténis masculino, o líder acredita que, atualmente, os desenvolvimentos que têm sido verificados s?o muito positivos, aludindo a Federer e a Nadal que, após estarem na elite há 10 anos, continuam a competir ao mais alto nível.
“Penso que os desenvolvimentos que se verificam ao longo dos últimos 10 anos no ténis s?o muito positivos, ocupando agora um lugar de destaque na esfera desportiva. Várias competi??es de renome passaram a constar no ténis, por as 40 competi??es em que eu e Nadal participamos, contribuíram para tornar o ténis mais popular entre os aficionados de desporto”, asseverou.
Apesar do ténis na China ter registado nos últimos anos um progresso notável, o setor masculino está ainda aquém dos padr?es mais elevados a nível mundial. Djokovic acredita que a China tem que dar tempo ao tempo para atingir o topo, n?o pode almejar a fazê-lo sem seguir um processo evolutivo.
Nos últimos anos, a ATP e a WTA têm colocado bastante importancia no mercado chinês. Vários eventos de topo têm despoletado na China. “Atualmente, cada vez competi??es de ténis s?o realizadas na ásia. A China será o país mais proactivo na realiza??o destes eventos. As competi??es aqui realizadas tanto masculinas como femininas s?o imensas e todas elas têm um ótimo rácio de qualidade”, disse.
“Sob a influência da Li Na, o ténis na China tornou-se num dos desportos mais populares da China. Após o abandono da competi??o da tenista, a China irá com certeza precisar de novos talentos para seguirem o caminho por ela iniciado. Estou muito satisfeito por ver que muitos jovens da China se dedicam ao ténis. Espero que no futuro a China possa vir a ter um campe?o. Se continuarem a seguir a tendência atual, as hipóteses disso se vir a concretizar s?o muito altas”, finalizou.