Por Hu Angang

A China entrou, recentemente, na era dourada da inova??o tecnológica.

Durante o 12o Plano Quinquenal (2011-2015), o país registrou um crescimento robusto na quantidade de solicita??o de patentes, enquanto em 2016, esse número atingiu os 1,34 milh?es de casos, um aumento de 21,5% sobre o ano anterior, permitindo à China manter a lideran?a do ranking mundial.

A China registrou um salto qualitativo no número de casos de inova??o, no ano passado, com o número de patentes nacionais autorizadas a superar o patamar dos 1,1 milh?es, se tornando o terceiro país a ter mais de um milh?o de patentes, depois dos EUA e Jap?o.

Com esse ritmo, nos próximos anos, a China poderá ocupar o primeiro lugar do índice mundial do número de solicita??o de patentes.

Os EUA aplicaram a lei das patentes em 1790, seguidos pelo Jap?o em 1879, no entanto, a China apenas estabeleceu a lei em 1985. Nos últimos 30 anos, desde o início da implementa??o dessa lei, a China se colocou rapidamente no encal?o dos EUA e do Jap?o.

Durante muitos anos, a China importou e copiou tecnologia. Até 2000, o país n?o apostava na inova??o tecnológica, registrando apenas 3,77% de solicita??o de patentes de todo o mundo.

Décadas depois, a China passou de um país de cópia para um país de inova??o, e da fabrica??o para a idealiza??o, superando os EUA.

Em 2016, a China registrou um número de autoriza??o duas vezes superior ao dos EUA, algarismos que a tornam num país inovador de tecnologia, com um número crescente de bens de propriedade intelectual (PI).

Sem margem de dúvida, o gigante asiático necessita redirecionar os esfor?os em três aspetos, visando um maior desenvolvimento na PI, sendo eles: promover empresas chinesas como a Huawei e a ZTE a solicitar as patentes registrados no Tratado de Coopera??o de Patentes (PCT, na sigla em inglês); estimular os inovadores a obter mais lucros com a materializa??o de suas patentes; e promover a popularidade das marcas nacionais mercado internacional.

Hoje em dia, a corrida ao pódio tecnológico e económico tem visto a lista de concorrentes a aumentar de dia para dia, com enfase no apoio da inova??o tecnológica para o desenvolvimento econ?mico.

Neste sentido, é expectável que, no futuro, a China alcance melhore resultados na inova??o tecnológica.

(O autor do artigo é diretor do Instituto de Estudos da China da Universidade Tsinghua)