Rio de Janeiro, 1 abr (Xinhua) -- O governo brasileiro negou quinta-feira que o severo corte no or?amento para este ano, que chegará a 42,1 bilh?es de reais (cerca de US$ 13,5 bilh?es), afetará a recupera??o econ?mica e a cria??o de postos de trabalho no país, onde o desempego atinge 13% da popula??o economicamente ativa.
"O importante é restaurar a confian?a na dívida pública", afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, em declara??es à imprensa, ao responder perguntas sobre as consequencias do corte no or?amento anunciado por ele na véspera.
A divulga??o dos cortes provocou um aumento de 0,87% na cota??o do dólar, que fechou quinta-feira a 3,144 reais para venda.
Segundo o governo, o corte visa equilibrar as contras públicas e cobrir os 58,2 bilh?es de reais que faltam para fechar o or?amento federal e conseguir alcan?ar a meta fiscal planejada para este ano.
Outras medidas anunciadas pelo governo foram o fim da desonera??o fiscal, que vigorava desde 2011 e beneficiava empresas de 56 setores econ?micos que pagavam menos impostos.
Para Meirelles, a estabilidade nas contas públicas e taxas menores de infla??o e de juros dever?o provocar "um aumento da demanda" e consequentemente um "crescimento saudável" das empresas que ser?o prejudicadas pelas desonera??es.
"O que vai recuperar a economia é o governo cumprir a meta fiscal, restaurando o equilíbrio nas contas públicas", enfatizou o ministro da Fazenda.
A maior parte dos valores a sertem cortados do or?amento geral sairá dos or?amentos dos ministérios, calculados em 20,1 bilh?es de reais, e do Programa de Acelera??o do Crescimento (PAC), que sofrerá um ajuste de 10,5 bilh?es de reais.
Ser?o cortados ainda 5,4 bilh?es de reais das Emendas Parlamentares Obrigatórias e 6,1 bilh?es de reais das Emendas n?o obrigatórias.