Como a subida dos pre?os dos imóveis, muitos residentes ponderam trocar a capital por cidades com custos de vida e arrendamento mais baixos.
Um projeto piloto, que visa oferecer alojamento subsidiado a residentes que n?o sejam locais, permitirá que estes permane?am em Beijing com condi??es mais toleráveis.
Na ter?a-feira (11), mais de 1.000 pessoas esperaram, pelo menos quatro horas, para se candidatarem a uma das 400 casas disponíveis.
Um total de 120 casas est?o reservadas para cidad?os que n?o possuem o registo familiar ou de residência em Beijing. Trata-se de uma mudan?a notável face à política de anos anteriores.
A fila para o registo em Maquanying - um subúrbio do distrito de Chaoyang, onde 300 dos apartamentos est?o localizados – chegou a estender-se por mais de 300 metros.
"A fila já era longa às 9 da manh?, e continuava longa às 14h, apesar de estarmos a lidar com cerca de 120 pedidos por hora", disse um funcionário da comunidade, acrescentando que o grande número de candidatos ultrapassou todas expectativas e que, por isso, 30 funcionários foram adicionados à equipa na segunda-feira, o primeiro dia para as candidaturas.
Para se qualificarem para uma casa subsidiada, os candidatos sem registo em Beijing devem ter uma acumula??o de liquida??o do seguro social ou os impostos de renda na capital por pelo menos cinco anos, terem idades compreendidas entre os 18 e os 45 anos e n?o possuirem qualquer propriedade em seu nome. Os candidatos ser?o, posteriormente, selecionados aleatoriamente.
Gao Yang, 30 anos, natural província de Henan, trabalha em Pequim há seis anos como engenheiro informático no distrito de Chaoyang.
"é uma fila muito longa, e as chances s?o escassas, mas se n?o estiver na linha, n?o há esperan?a de alugar um apartamento por metade do pre?o do mercado", expressou Gao.
O pre?o das habita??es de aluguel disponíveis ronda os 2.400 yuans (aproximadamente 348 dólares) mensais, por um apartamento com dois quartos. Uma propriedade similar no mercado de aluguel regular pode ultrapassar os 5.000 yuans por mês.
Gao Chao, que trabalha como designer no distrito de Fengtai, afirmou que vive com sua esposa e dois outros casais em um apartamento compartilhado a fim de economizar dinheiro, mas que o pre?o do aluguel do quarto é praticamente o mesmo que o de uma casa abrangida pelo programa.
"é como tentar a sorte ao comprar um bilhete de loteria. Enquanto houver esperan?a, quero tentar", disse.
Até agora, 10.300 inquilinos (13%), vivem em habita??es públicas de aluguel em Beijing sem possuírem qualquer registo.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo China Youth Daily na ter?a-feira, 23% dos 2.000 entrevistados já haviam deixado cidades de primeira linha, como Beijing, enquanto 47% ponderam sair da capital, apresentando como raz?o principal o aumento do custo de arrendamento.