Os encontros às cegas, ou “blind dates”, n?o se tratam de um conceito novo na China moderna. Porém, a aten??o recentemente prestada ao fenómeno por um órg?o de comunica??o social inglês voltou a trazer o tópico às bocas do mundo.
Uma reportagem da BBC, datada de 13 de julho, atribui destaque a um dos anúncios colocados no “cantinho dos encontros às cegas” de um parque de Beijing. “Homem, registo residencial (hukou) no Nordeste, motorista. Busca: registo residencial em Beijing. Ligeira deficiência e carência de heran?a n?o s?o um problema”.
A partir deste anúncio s?o direta ou indiretamente incluídos vários parametros: registo residencial, naturalidade, salário, habilita??es, imóveis. Todos eles est?o devidamente “etiquetados”. Para os chineses o provérbio “se queres bem casar, casa com teu igual” é a máxima pelo qual todo este ritual social se rege, pelo menos em teoria.
A revista Phoenix Weekly de Hong Kong, relatou também num artigo vários episódios associados ao “cantinho dos encontros às cegas”. A maior parte das pessoas que ali acorrem s?o progenitores de jovens solteiros. Os filhos, ora por levarem uma vida de trabalho ocupada, ora por se sentirem inibidos de comparecerem pessoalmente, ou mesmo até por n?o pensarem da mesma forma que os pais, levou a que este fenómeno ganhasse notoriedade no país e no exterior.
à frente dos casais de meia-idade — n?o conformados com a rebeldia dos seus rebentos face aos ditames culturais outrora implacáveis — está um anúncio de papel. Nestes anúncios caricatos e breves, um punhado de frases sucintas elucidam os possíveis candidatos relativamente às condi??es do jovem e aos requisitos para o “parceiro compatível” que procuram.
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