Caracas, 20 jul (Xinhua) -- O governo venezuelano disse nesta ter?a-feira que rejeitou a press?o dos EUA para cancelar uma iniciativa constitucional ou enfrentar "san??es econ?micas" adicionais.
"Obviamente, o governo dos EUA está acostumado a humilhar outras na??es através de suas rela??es internacionais e acredita que vai ter a aceita??o que está acostumado," afirmou o Ministério das Rela??es Exteriores da Venezuela em um comunicado.
O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, convocou uma Assembleia Nacional Constituinte (ANC) para revisar e possivelmente reescrever a constitui??o, com o objetivo de superar a crise política que paralisou o país.
Os venezuelanos devem eleger os membros da ANC em 30 de julho.
A oposi??o conservadora, que tem o apoio do governo dos EUA, op?e-se à iniciativa, chegando a organizar uma pesquisa informal no domingo para avaliar o apoio à medida.
No dia seguinte, uma declara??o da Casa Branca do presidente Donald Trump advertiu que, se o governo de Maduro "impuser sua Assembleia Constituinte no dia 30 de julho, os Estados Unidos tomar?o a??es econ?micas fortes e rápidas."
O Ministério das Rela??es Exteriores da Venezuela observou que "n?o é a primeira vez que denunciamos e enfrentamos amea?as loucas como as contidas neste documento incomum," e prometeu realizar a vota??o como planejado, apesar desta última "amea?a brutal".
Em uma crítica velada ao sistema de vota??o indireta dos Estados Unidos, que filtra os votos dos cidad?os através do chamado colégio eleitoral, o ministério destacou que a assembleia constituinte "será eleita pelo voto direto, universal e secreto de todos os venezuelanos."
Os protestos anti-governo organizados pela oposi??o na Venezuela deixaram mais de 90 pessoas mortas desde o início de abril.