Beijing, 15 ago (Xinhua) -- Os novos dados continuaram provando que a economia chinesa está se dirigindo para um crescimento mais lento porém mais estável, pois o país se esfor?a para manter um desenvolvimento saudável e eliminar os riscos.
Depois de uma forte recupera??o nos dois primeiros trimestres, dados publicados na segunda-feira pelo Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) mostraram que o crescimento da produ??o industrial, do investimento e do consumo desacelerou em rela??o ao mês anterior.
A produ??o industrial de valor agregado cresceu 6,4% anualmente em julho, menor que o de 7,6% em junho, porém maior que o de 6% do mesmo mês do ano passado.
O aumento do investimento em ativos fixos desacelerou para 8,3% nos primeiros sete meses em compara??o com 8,6% no primeiro semestre, enquanto que as vendas a varejo subiram 10,4% em termos anuais em julho, menos que o ritmo de 11% em junho.
O crescimento do investimento privado, que representa 60,7% de tudo que é investido, desacelerou para 6,9% durante o período janeiro-julho, em compara??o com 7,2% da primeira metade do ano.
Zhang Liqun, do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento do Conselho de Estado, disse que a modera??o dos indicadores foi uma flutua??o de curto prazo devido ao tempo adverso e que n?o mudará a tendência de um crescimento econ?mico estável.
O desempenho econ?mico da China se manteve estável em geral com um melhor impulso, que se manterá sem mudan?a durante o restante do ano, disse o porta-voz do DNE, Mao Shengyong, em uma entrevista coletiva.
O governo focará mais em melhorar a qualidade e eficiência do crescimento econ?mico. "A China n?o só deve buscar um maior tamanho econ?mico, como também se esfor?ar para desenvolver músculos para fazer a economia mais economia", aconselhou Mao.
A China tem como meta um crescimento anual de cerca de 6,5% para o ano 2017, menor que o de 6,7% registrado em 2016.
Quando os motores de crescimento tradicionais est?o perdendo for?a enquanto que o antigo modelo de crescimento provoca problemas como a degrada??o do meio ambiente e a desigualdade econ?mica, A China continua adiante com um novo modelo de desenvolvimento econ?mico orientado por consumo, servi?os e inova??o.
Ao analisar por partes os dados de segunda-feira, observa-se que o reequilíbrio econ?mico e a moderniza??o industrial do país continuam com celeridade para injetar vitalidade na economia.
O setor de servi?os, que contribuiu com 59,1% para o crescimento econ?mico na primeira metade do ano, continuou com uma forte expans?o. O índice de produ??o do setor servi?os aumentou 8,3% em julho, em rela??o a 7,8% do mesmo mês de 2016.
A produ??o industrial das indústrias de alta tecnologia aumentou 12,1% anualmente em julho, enquanto a do setor de manufatura de equipamentos subiu 10,7%, ambas ultrapassando o crescimento da produ??o geral.
Apesar da desacelera??o dos indicadores em julho, o emprego se manteve estável. A taxa de desemprego urbano foi de 5,1% no mês passado, inferior ao de julho de 2016.
O economista chefe do Bloomberg para a ásia, Tom Orlik, previu que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China desacelerá para 6,5% no quarto trimestre depois de ter chegado a 6,9% no segundo.
Orlik disse que as causas da diminui??o s?o a press?o para baixo gerada por um crescimento desacelerado do crédito quando a China foca na estabilidade financeira e desalavancagem, uma contra??o no setor de imóveis e um lento crescimento nas exporta??es.
Até com uma desacelera??o de 0,1 ou 0,2 ponto percentual no segundo semestre o crescimento econ?mico da China seria razoável e normal e permaneceria como um dos de melhor desempenho entre as principais economias globais, disse Mao.
A mais longo prazo, a China pode manter um crescimento com velocidade média ou alta, pois a economia tem capacidade de recupera??o e um enorme potencial, enquanto as reformas e a inova??o dar?o dividendos para apoiar o crescimento, acrescentou.