A Opera??o Unfair Play foi resultado do trabalho conjunto de coopera??o internacional entre os órg?os policiais do Brasil, da Fran?a, de Antígua e Barbuda, dos Estados Unidos e do Reino Unido, que permitiu que viesse a público os bastidores da escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Segundo os procuradores, vasta documenta??o e provas robustas revelaram que a organiza??o criminosa de Cabral comprou o voto do presidente da Federa??o Internacional de Atletismo, Lamine Diack, por US$ 2 milh?es.
O pagamento pelos votos veio da empresa Matlock Capital Group, do empresário Rei Arthur, que repassou a propina que pagaria a Sérgio Cabral diretamente para o senegalês, em troca dos votos pela escolha da cidade-sede das Olimpíadas de 2016.
O objetivo de garantir os Jogos para o Rio de Janeiro era o primeiro passo de um enorme esquema- afirma a ordem de pris?o de Nuzman- já que propiciou um enorme investimento público em projetos de infraestrutura e contratos de servi?os, abrindo um 'canal' de dinheiro, usado para recompensar amigos e aliados e pagar propinas.
"Neste grande esquema ganha-ganha, Arthur Soares é mais um dos integrantes dessa grande organiza??o criminosa. O esquema criminoso completa-se com a ponta faltante: a atua??o do Comitê Olímpico Brasileiro, por atua??o de Carlos Arthur Nuzman, figura central nas tratativas para escolha da sede dos Jogos Olímpicos de 2016, e de seu bra?o direito Leonardo Gryner", afirma o comunicado.
Após a pris?o de Nuzman, o chefe da Comiss?o de ética do COI, o ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu mais informa??es às autoridades brasileiras para continuar com a investiga??o do caso dentro da entidade e lhes ofereceu coopera??o .
"Devido aos novos fatos, a Comiss?o de ética pode considerar medidas provisórias enquanto respeita o direito de Nuzman de ser ouvido", disse um porta-voz do COI.
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