Rio de Janeiro, 6 out (Xinhua) -- Há pouco mais de um ano, o orgulhoso presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Rio de Janeiro 2016, Carlos Arthur Nuzman, declarou para uma plateia planetária calculada em 2 bilh?es de espectadores, que assistia à cerim?nia de inaugura??o do evento no lendário estádio Maracan?: "O melhor lugar do mundo é aqui, agora".
Na quinta-feira, Nuzman, o dirigente esportivo que comanda há 22 anos a principal entidade olímpica do país e que finalmente tinha conseguido converter em realidade o sonho, quase uma obsess?o, de trazer os Jogos para o Rio, n?o poderá repetir a frase: dormirá em uma cela da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte do Rio, por ironia, em um colch?o que fazia parte do mobiliário utilizado pelos atletas durante os Jogos Olímpicos.
Nuzman foi preso no come?o da manh?, em sua casa no exclusivo bairro do Leblon, zona sul da cidade, por agentes da Polícia Federal em uma opera??o batizada de Unfair Play-Segundo Tempo. De acordo com o delegado Ant?nio Beaubrun, que acordou Nuzman, ele tomou um susto e perguntou: "De novo? De novo?".
A opera??o deflagrada na quinta-feira, que também incluiu a pris?o de Leonardo Gryner, ex-diretor de opera??es do Comitê Rio 2016 e bra?o direito de Nuzman, é uma continua??o da investiga??o sobre a suposta trama de compra de votos para favorecer a elei??o do Rio de Janeiro como sede olímpica, ocorrida em 2009 e que seria comandada pelo ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, preso por corrup??o desde novembro passado.
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