Beijing, 21 nov (Xinhua) -- A China declarou na segunda-feira sua firme oposi??o à visita do líder indiano a uma área em disputa na fronteira sino-indiana, pedindo que a índia se abstenha de a??es que compliquem as quest?es fronteiri?as e trabalhe com o país para criar condi??es para conversa??es.
O porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores Lu Kang fez o comentário ao falar sobre a visita do presidente indiano Ram Nath Kovind à chamada regi?o "Arunachal Pradesh" no domingo.
A posi??o da China sobre a quest?o da fronteira China-índia é consistente e clara, disse Lu em uma entrevista coletiva.
"O governo chinês nunca reconheceu a chamada 'Arunachal Pradesh'", assinalou Lu.
Os dois países tem resolvido as quest?es fronteiri?as via negocia??o com o fim de encontrar uma solu??o justa e razoável que possa ser aceita por ambos os lados, afirmou ele.
Destacando que os la?os sino-indianos est?o em uma etapa importante no seu desenvolvimento, Lu disse que a China espera que a índia possa trabalhar conjuntamente para proteger o relacionamento integral, abster-se de a??es que compliquem as quest?es fronteiri?as e criar condi??es favoráveis a negocia??es e so desenvolvimento saudável das rela??es bilaterais.
A regi?o "Arunachal Pradesh" foi estabelecida em grande parte nas três áreas do Tibet da China -- Monyul, Loyul e Baixo Tsayul -- que est?o sob ocupa??o ilegal da índia. Essas três áreas, localizadas entre a ilegal "Linha Mcmahon" e a tradicional fronteira entre a China e a índia, sempre foram território chinês.
Em 1914, os colonialistas decidiram secretamente a ilegal "Linha McMahon", na tentativa de incorporar à índia as três áreas pertencentes ao território chinês. Nenhum dos governos chineses sucessivos reconheceu essa demarca??o.
Em fevereiro de 1987, as autoridades indianas declararam a funda??o da chamada "Arunachal Pradesh".
A China e a índia realizaram 19 rodadas de negocia??es sobre quest?es fronteiri?as, com a última ocorrendo em abril de 2016.