Por Liu Lingling, Diário do Povo

O portal de notícias de economia Nikkei, do Jap?o, publicou recentemente um artigo no qual atribui destaque ao crescimento notável das plataformas de comércio transfronteiri?o chinesas Xiao Hongshu e NetEase Kaola.

Os dados indicam que o mercado de comércio eletr?nico chinês durante o ano de 2017 ascendeu aos 5.5 trilh?es de yuans (cerca de 868.5 bilh?es de dólares), registrando um aumento de 28% face ao ano anterior. Destes valores, a percentagem atribuída a produtos estrangeiros situa-se nos 10%.

De acordo com a alfandega chinesa, durante o ano e 2017, o valor total das importa??es e exporta??es efetuadas por plataformas de comércio eletr?nico com o estrangeiro atingiu os 90.24 bilh?es de yuans (aproximadamente 14.32 bilh?es de dólares), representando um aumento de 80,6% em termos anuais. Durante os últimos três anos, o total do valor referente às importa??es e exporta??es de plataformas de comércio eletr?nico aumentou em 50%.

Acompanhando a evolu??o da iniciativa chinesa do Cintur?o e Rota, a tendência de crescimento do comércio eletr?nico transfronteiri?o passou também a ser cada vez mais acentuada. Tendo por referência a Regi?o Aut?noma Uigur de Xinjiang, situada no oeste da China, Urumqi, a capital, no núcleo da antiga Rota da Seda, tem ajudado o país a expandir o seu mercado de exporta??es.

De acordo com as estatísticas alfandegárias de Urumqi, no ano passado, foram supervisionados um total de 562.400 produtos para exporta??o via plataformas de comércio eletr?nico. Estes valores representaram um volume comercial de quase 3.88 milh?es de dólares. 

O comércio eletr?nico transfronteiri?o, enquanto representante de um novo modelo comercial internacional, acarretou também vários desafios aos servi?os alfandegários. Perante estes obstáculos, a China tem adotado uma política de garantia de servi?os, independentemente de qu?o rápidas sejam as mudan?as, recorrendo à investiga??o e inova??o para esse fim.

Em 2012, a China elegeu algumas cidades para dar início a uma série de testes relacionados com mecanismos de controlo do desenvolvimento do comércio eletr?nico transfronteiri?o. Em 2014, o país avan?ou com uma série de regulamentos e regras para serem aplicados nas alfandegas. Em 2016, foi aplicado um sistema de supervis?o integral para promover a rapidez logística do comércio eletr?nico transfronteiri?o.

Em fevereiro deste ano, teve lugar em Beijing o primeiro grande evento dedicado ao comércio eletr?nico transfronteiri?o. A alfandega chinesa definiu também a “Estrutura Padr?o para as Organiza??es de Comércio Eletr?nico Transfronteiri?o da Alfandega Mundial”. Trata-se do documento que fornece os princípios de supervis?o alfandegária, representando um contributo da China para o setor a nível mundial.