Lisboa, 29 mar (Xinhua) -- O ministro das Rela??es Exteriores de Portugal, Augusto Santos Silva, defendeu nesta ter?a-feira a decis?o do governo de n?o expulsar diplomatas russos.
"A todo momento, tomamos medidas para melhor cumprir os interesses nacionais de Portugal, os interesses da Europa e os interesses da OTAN", disse Santos Silva à agência de notícias portuguesa Lusa.
Cerca de 25 países, incluindo 16 membros da Uni?o Europeia (UE), expulsaram diplomatas russos na ter?a-feira, em uma demonstra??o de solidariedade ao governo britanico.
Sergei Skripal, um ex-espi?o russo, foi envenenado em Salisbury, Inglaterra, no dia 4 de mar?o. O governo britanico culpa Moscou pelo ataque.
Portugal divulgou um comunicado dizendo: "Portugal imediatamente condenou o ataque em Salisbury e expressou veementemente sua solidariedade com o Reino Unido".
Mas a declara??o acrescentou: "Portugal acredita que a colabora??o através do quadro da UE é o método mais eficiente para responder à gravidade da atual situa??o".
Do jeito que as coisas est?o, Portugal se alinha com a áustria e a Grécia como países membros da UE que n?o expulsaram diplomatas russos, embora todos tenham condenado o envenenamento.
Santos Silva argumentou que o governo do Partido Socialista (PS) de Portugal agiu assim "sem pressa, com autonomia, com prudência e com firmeza também".
Ele teve o apoio de Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda (BE), uma parceira informal da coaliz?o do PS.
"O envenenamento de um espi?o como arma de política externa deve ser veementemente condenado", disse Martins, mas desaprovou a vontade da Europa de aumentar as tens?es. "Parece prudente para nós que o governo português n?o quisesse participar desta escalada e esperamos que mantenha essa posi??o."
Rubina Berardo, vice-presidente da oposi??o do Partido Social Democrata (PSD), também foi cautelosa ao dar a resposta do seu partido.
"O PSD é uma parte responsável e aguardamos esclarecimentos por parte do governo sobre a decis?o de n?o expulsar diplomatas russos", disse ela à rádio TSF.