Os nomes reais dos quase 3.607 membros da Unidade 731, a divis?o de pesquisa de armas biológicas do Exército Imperial Japonês sediada na cidade de Harbin, no nordeste da China, foram revelados pela primeira vez em uma conferência de imprensa na Universidade de Kyoto a 14 de mar?o.
A lista contém os nomes reais, estatuto e contatos dos 52 médicos militares, 49 técnicos, 38 enfermeiras e 1.117 médicos de combate, entre outros, oficialmente conhecidos como Departamento de Preven??o Epidêmica e Purifica??o de água do Exército de Kwantung.
Segundo o documento, muitos dos membros, incluindo Shiro Ishii, diretor da Unidade 731, eram recrutados na Universidade de Kyoto. Eles usavam os dados e os resultados das experiências em humanos para formular teses de gradua??o e conseguir o diploma pela referida universidade.
Por exemplo, a tese de um médico sobre pulgas infetadas por bactérias de pestilência foi usada em uma importante arma biológica conseguida após experiências em humanos. Referindo-se ao processo, a tese registrou "dores de cabe?a sentidas em macacos", que indica que eles usaram seres vivos para realizar tais experiências, revelou Keiichi Tsuneishi, professor da Universidade de Kanagawa.
Foi solicitado à Universidade de Kyoto que os graus acadêmicos da Unidade 731 fossem cancelados. Atualmente, est?o sendo coletadas assinaturas para exigir mais investiga??es em julho.
Esta é também a primeira vez que se confirma que o governo japonês manteve documentos detalhados sobre a Unidade 731, mais de 70 anos após a Segunda Guerra Mundial.
Em 2016, o governo japonês divulgou algumas informa??es, mas apagou várias partes "para proteger as famílias" dos criminosos de guerra.
Em janeiro, sob press?o pública, o governo japonês publicou os nomes da Unidade 731, divulgando a lista elaborada meio ano antes do fim da guerra.