Rio de Janeiro, 3 mai (Xinhua) -- O Corpo de bombeiros de S?o Paulo aumentou para 49 o número de pessoas desaparecidas ou que ainda n?o foram localizadas depois da queda, na madrugada desta ter?a-feira, de um edifício de 24 andares no centro da cidade.

Até agora, os bombeiros afirmaram que pelo menos quatro pessoas est?o entre os escombros do prédio: um homem que estava sendo resgatado quando ocorreu o desabamento e que é considerado morto e três familiares de outro morador, que explicou às autoridades que seus parentes estavam no edifício no momento da tragédia.

Segundo os bombeiros, o edifício, antiga sede da Polícia Federal em S?o Paulo, foi ocupado por 372 pessoas de 169 famílias.

O prédio, de propriedade do governo federal, desabou depois de um incêndio iniciado no quinto andar. Várias testemunhas disseram que o fogo come?ou após uma explos?o e as autoridades trabalham com a hipótese de que se tratou de um acidente doméstico, causado por um botij?o de gás ou uma panela de press?o.

Dois botij?es de gás foram encontrados nos escombros e foram enviados para perícia no Instituto de Criminalística de S?o Paulo.

O desabamento causou grande panico e p?s em cheque a falta de controle dos órg?os públicos sobre a situa??o de imóveis ocupados por pessoas sem teto na cidade. A prefeitura de S?o Paulo informou que fará uma revis?o na estrutura de pelo menos outros 70 prédios ocupados nas mesmas circunstancias, situados em vários pontos da cidade.

As condi??es de seguran?a do edifício já tinham sido questionadas em 2015, mas, ent?o, a Defesa Civil e a Secretaria de Licenciamento consideraram que n?o existia um risco que justificasse a evacua??o do imóvel.

O incêndio também afetou outras constru??es no entorno. Pelo menos cinco imóveis foram desocupados, entre eles uma igreja luterana de 1908 e declarada patrim?nio histórico de S?o Paulo, que sofreu danos em 80% de sua estrutura.