BEIJING, 19 de jul (Diário do Povo Online) – A China afirmou que a guerra comercial promovida pelos EUA é “o maior inimigo da confian?a” da economia mundial, e condenou os comentários do vice-presidente norte-americano, Mike Pence, relativamente às tarifas aplicadas pela China.
A guerra comercial está prejudicando o crescimento do comércio global e a confian?a do mundo, disse nesta última quarta-feira a porta-voz do Ministério de Rela??es Exteriores da China, Hua Chunying, em uma coletiva de imprensa, citando a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.
“A maior e mais escura nuvem que vemos é a deteriora??o da confian?a, provocada pela tentativa de desafiar as formas pelas quais o comércio é pautado, a forma na qual as rela??es internacionais têm sido estabelecidas e a maneira pela qual as organiza??es multilaterais operam”, disse Lagarde num discurso recente.
Dados da Organiza??o para a Coopera??o e Desenvolvimento Econ?mico (OCED) revelaram que as tarifas crescentes em todo o mundo podem reduzir o crescimento econ?mico global por 1,4% e causar o desemprego de 600 mil pessoas nos EUA, disse Hua.
Segundo a porta-voz, a China está abrindo as suas portas, enquanto os Estados Unidos est?o agindo em sentido inverso. A China intercede sempre pelo comércio justo, cujo padr?o n?o deve ser estabelecido totalmente com base em interesses e necessidades unilaterais, acrescentou Hua.
Pence referiu em um recente discurso que as tarifas que a China aplicou sobre os produtos dos EUA em todas as indústrias, s?o três vezes maiores do que Washington está impondo.
Hua negou a acusa??o, citando as tarifas aplicadas sobre os automóveis. Os EUA impuseram taxas de 25% aos caminh?es enquanto a China reduziu recentemente a tarifa sobre autope?as importadas de 10% para 6%.
“Os EUA est?o implementando várias restri??es ao investimento e à opera??o de empresas chinesas no seu país com base em desculpas infundadas”, disse Hua.
De acordo com a porta-voz, “se os EUA continuarem agir de modo arbitrário e imprudente, o resto do mundo responderá de modo mais firme”.