A China irá continuar a ser um motor significativo da economia global, apoiando firmemente os princípios da Organiza??o Mundial do Comércio, segundo afirmaram alguns líderes de negócios.
“Os benefícios de um sistema de comércio multilateral sobrep?em-se aos danos criados por disputas comerciais. A existência de um conjunto de regras respeitado por todos beneficia o coletivo”, disse Yu Jianlong, secretário-geral da Camara Chinesa para o Comércio Internacional. “Apesar de todas as disputas e colis?es, a uni?o é melhor do que a divis?o”.
Stephen Perry, diretor do 48 Group Club, uma organiza??o britanica composta de líderes empresariais dedicados à promo??o do comércio sino-britanico, disse que a China, n?o somente contribui para o crescimento mundial, mas beneficia também as na??es menos desenvolvidas.
Perry referiu que a China é a maior na??o comercial do mundo, e que contribui também mais para o crescimento mundial do que qualquer outro país por uma larga margem.
“A China ajudou as na??es asiáticas e africanas a desenvolverem o seu comércio, e, como tal, estas economias registaram um crescimento robusto”, afirmou.
Desde que se juntou à OMC em 2001, a China tem vindo a ser testada em várias frentes. O comércio internacional passou por diversas oscila??es nos anos seguintes, sendo que das quais a maior foi a crise de 2008.
Relembrando a pior crise mundial em décadas, Perry disse que os governos ocidentais responderam com “pensamento retrógrado e bullying” nas quest?es comerciais, enquanto a China avan?ou com uma solu??o diferente.
O país tem vindo a mover diligências para apoiar os princípios da OMC. Tem promovido o investimento, comércio eletr?nico e outras quest?es de interesse comum para os membros da OMC, e ajudado outros países em desenvolvimento, especialmente aqueles em maior dificuldade, a melhor se integrarem no sistema de comércio multilateral.
A China participou nas negocia??es de Doha e promoveu a liberaliza??o comercial, bem como a mobiliza??o de apoios para discutir novas problemáticas na OMC. A China implementou de forma integral o Acordo de Facilita??o do Comércio, de acordo com um papel branco que o país e a OMC lan?aram no final de junho.
A China assegurou o mecanismo de media??o de disputas sob o enquadramento da OMC. Apesar das tentativas dos EUA de obstruírem a sele??o de membros do Corpo de Apela??o, a China, juntamente com outros 60 membros, submeteu a proposta para come?ar o processo de sele??o o mais cedo possível.
Long Guoquang, vice-presidente do Centro de Investiga??o e Desenvolvimento do Conselho de Estado, disse: “é sempre fácil para os políticos em alguns países culpar os outros pelos seus problemas domésticos, por exemplo, acusando-os de causar perdas de empregos. De fato, o problema reside nas suas políticas domésticas inadequadas”.
De acordo com a OMC, as tarifas sobre importa??es haviam caído para 4.4% em 2012, apenas 1.5 a 2 pontos porcentuais acima das economias desenvolvidas, como os EUA ou a UE. Até o final de 2017, a China havia reduzido mais de 900 tipos de tarifas.
Em termos de desenvolver o comércio de servi?os, a China respondeu aos seus compromissos com a OMC, abrindo 100 subsetores de servi?os em 2007. O país, se seguida, tomou a??es voluntárias para abrir quase 120 subsetores até à data.
Estes subsetores adicionais incluem: pesquisa e desenvolvimento, minera??o, telecomunica??es, educa??o, seguros, seguran?a, banca e transportes aéreos. Alguns s?o ainda mais abertos que alguns países desenvolvidos, de acordo com o Ministério do Comércio.