Por Qin Ning, Diário do Povo Online
A coletiva de imprensa de ontem (21) de Ren Zhengfei na sede da Huawei, em Shenzhen, esteve em destaque online, com inúmeros internautas elogiando a postura do presidente da gigante tecnológica chinesa.
Se a for?a n?o supera a voz de ninguém, também a autoconfian?a n?o se sobrep?e à idoneidade de outrém. Ren Zhengfei foi alvo de elogio - n?o apenas pela sua eloquência discursiva, mas também pela sua postura enérgica, em defesa do bom nome da Huawei e da razoabilidade. Um após outro, os seus argumentos, sólidos e lúcidos, pragmáticos e ambiciosos, demonstraram publicamente os sentimentos de um empreendedor chinês que decidiu, ao leme da sua empresa, abra?ar o mundo.
Ninguém pode se desvincular de animo leve dos tempos e seguir caminhando sozinho. Ninguém é imune às tendências do mundo que nos rodeia. “O país terá de se abrir mais, pois só assim poderá ter futuro”. Ren Zhengfei é, simultaneamente, testemunha e protagonista da reforma e abertura da China. A reforma e abertura moldaram o temperamento dos empreendedores chineses, sendo que estes est?o constantemente “atualizando” o paradigma deste processo. Esta abertura, personificada por Ren Zhengfei, reflete o atual espirito da reforma e abertura do país. é este espírito que serve de apoio ao desenvolvimento e crescimento contínuos das empresas chinesas e de motor interno do crescimento do país.
Coloca-se, portanto, a seguinte quest?o: a tendência mundial é de abertura ou encerramento das “portas” de um país? De prosperidade coletiva ou de introspe??o isolacionista? A resposta é inequívoca. Empresas chinesas como a Huawei, aderiram à tendência de desenvolvimento mundial desencadeada pela globaliza??o, adaptando-se à corrente histórica hodierna. As empresas chinesas, espelhando as características do seu povo, disp?em de elevada capacidade de adapta??o e aprendizagem. Tomando em considera??o o plano geral, n?o podemos permitir que interesses de desenvolvimento locais possam comprometer as nossas aspira??es. Só assim poderemos ensejar a alcan?ar cada vez mais triunfos. Entre as 10 maiores empresas mundiais de internet figuram 4 empresas chinesas. Com o progressivo sucesso a nível doméstico, cada vez mais empresas chinesas optam pela internacionaliza??o, oferecendo o seu contributo à economia mundial.
O patriotismo n?o é um slogan, nem se trata de uma express?o opaca ou abstrata. A Huawei é uma empresa chinesa, uma marca chinesa, sobejamente conhecida tanto na China como no resto do mundo. Isto é um fato irrefutável. Os software e hardware contidos nos smartphones da Huawei resultam, contudo, da integra??o daquilo que de mais avan?ado se produz a nível científico em todo o mundo.
“Se acharmos que, ao n?o comprarmos produtos da Huawei, n?o estamos a ser patriotas, ent?o os nossos filhos n?o s?o patriotas, pois eles também usam produtos da Apple”. A partir desta perspetiva, Ren Zhengfei demonstra uma postura de grande discernimento e sensatez.
Na nova era, o patriotismo apenas tem raz?o de ser quando os interesses nacionais forem alinhados com o resto do mundo.
Hoje, mais do que nunca, estamos mais próximos, mais confiantes e mais capazes de atingir a grande meta do rejuvenescimento da na??o chinesa. Quando os empreendedores chineses demonstram um espírito de maior abertura, quando os cidad?os nacionais revelam um caráter mais maduro e racional, quando a inova??o se torna no valor consensual de toda a na??o, temos motivos para acreditar que a China será mais determinada e segura de si no plano mundial. Após vários anos, estamos regressando à corrente da história, e a Huawei, consequentemente, está destinada a ser uma referência nesse processo.