Rio de Janeiro, 27 mai (Xinhua) -- Um dia após 15 mortes no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, o governo do estado do Amazonas informou ter encontrado nesta segunda-feira mais 40 corpos de detentos com sinais de asfixia em quatro presídios da cidade.

Segundo as autoridades, n?o há rebeli?o, nem depreda??o das instala??es e "neste momento, a situa??o está controlada e todos os presos est?o na tranca".

A primeira informa??o falava em 42 mortos, mas o número foi corrigido. Segundo a Secretaria de Administra??o Penitenciária (Seap), as mortes ocorreram no Instituto Penal Ant?nio Trindade (Ipat) - 25 mortos; Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) - 6; Centro de Deten??o Provisória Masculino (CDPM 1) - 5 e Compaj, 4 mortos. Todos os corpos tinham indícios de asfixia.

As 40 mortes se somam às 15 ocorridas no domingo no Compaj, a maior penitenciária do Amazonas, depois de uma briga entre detentos.

A matan?a está sendo investigada, mas as autoridades acreditam que se deveu a uma disputa interna das principais fac??es criminosas do estado.

Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, o Ministério da Justi?a informou que enviará ao Amazonas agentes da For?a-Tarefa de Interven??o Penitenciaria e transferirá alguns presos do estado para presídios federais, a pedido do governo estadual.

A For?a-Tarefa foi criada em 2017 para apoiar os governos estaduais "em situa??es extraordinárias de crise no sistema penitenciário para controlar distúrbios e resolver outros problemas" e é integrada por agentes federais de execu??o penal.

O estado foi cenário de uma das maiores matan?as ocorridas no sistema carcerário brasileiro, em janeiro de 2017, quando uma rebeli?o no Compaj resultou na morte de 56 detentos e foi seguida por vários enfrentamentos entre fac??es rivais em outras pris?es brasileiras, gerando uma grande crise penitenciária e causando a morte de outros 67 presos.