Dalian, 2 jul (Xinhua) -- Apesar dos ventos contrários oriundos das fric??es comerciais, crescente protecionismo e incertezas no mundo, há muitas raz?es para sermos otimistas sobre as perspectivas econ?micas da China, disseram na segunda-feira especialistas e líderes empresariais.

Em um sub-fórum da Reuni?o Anual dos Novos Campe?es 2019, conhecida como Davos de Ver?o, se prevê fortes dinamicas para a economia da China em 2019 gra?as ao consumo robusto e a moderniza??o industrial saudável do país.

Ning Gaoning, presidente da companhia química chinesa Sinochem Group, disse que apesar da fric??o comercial, os próximos anos seriam um bom tempo para as empresas chinesas entrarem em uma fase de desenvolvimento racional.

"As empresas chinesas ser?o incentivadas a prestar mais aten??o às metas de longo prazo e pesquisa e desenvolvimento. Elas destacar?o a gest?o e o mercado nacional, se tornando mais cautelosas sobre o investimento e adotando um modo de crescimento mais racional", opinou Ning.

"Depois desta fase, a China se tornará um país dirigido pela pesquisa e desenvolvimento, e isso (concentra??o em pesquisa e desenvolvimento) já está acontecendo em grande escala entre as empresas chinesas", avaliou.

Zhu Min, presidente do Instituto Nacional de Pesquisa Financeira, disse que a competitividade essencial da China está em sua cadeia industrial manufatureira completa, que está agora abra?ando a inteligência artificial (IA) para impulsionar a automatiza??o e níveis de inteligência.

"O esfor?o em dire??o à automatizado e manufatura inteligente representa oportunidades e desafios imensos para a China", indicou o especialista. "O uso de rob?s e a automatiza??o pela China est?o ainda em um nível muito baixo, o que significa grande espa?o para alcan?ar".

Joachim von Amsberg, vice-presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (BAII), também viu um cenário otimista conforme a China avan?a para um modelo de crescimento mais equilibrado.

Segundo ele, os atuais rompimentos na cadeia de fornecimento mundial se acrescentar?o à determina??o da China para desenvolver sua indústria de alta tecnologia.

"ENORME MERCADO"

Enquanto o país desceu a partir do crescimento de dois dígitos para 6,6% em 2018, Von Amsberg disse que o ritmo mais lento do PIB ainda "acrescenta mais à produ??o mundial todos os anos do que os 10% há 10 anos", porque a economia no passado era muito menor em tamanho.

Jing Ulrich, vice-presidente da ásia-Pacífico do JPMorgan Chase, uma companhia de banco de investimento dos Estados Unidos, concordou, dizendo que a China é atualmente um contribuinte líder para o crescimento mundial.

Entre toda a propaganda sobre a fuga de fabricantes e encolhimento na confian?a de investimento no país, Ulrich observou uma tendência diferente.

"Nós aconselhamos muitos investidores internacionais de primeira classe, companhias multinacionais e empresas chinesas estes dias, e todo mundo está querendo investir mais na China", disse ela, observando o mais recente foco dos investidores no setor de tecnologia à medida em que o país passa por uma moderniza??o industrial.

Um dos encantos é o enorme mercado em um país de quase 1,4 bilh?o de pessoas, cada dia mais prósperas. Os especialistas destacaram os enormes potenciais no mercado consumidor em meio à rápida urbaniza??o e revitaliza??o rural do país.

"Eu vejo o consumo avan?ar apesar das incertezas econ?micas. Os chineses est?o realmente abrindo suas carteiras, gastando mais e poupando menos", assinalou Ulrich. "As pessoas n?o só est?o comprando bens, eles est?o na realidade desfrutando de servi?os. Por isso, viagens, entretenimento, servi?o de saúde e educa??o est?o crescendo rapidamente na China."