Por Beatriz Cunha e Fátima Fu
Andrés Colognesi (E) e Bruna Pizzol (D) concederam entrevista exclusiva ao Diário do Povo Online
Ganhadores do projeto “Didi Engine”, realizado em Beijing no dia 9 deste mês, Bruna Pizzol, estudante de PhD em informa??es espaciais, da área de engenharia de transportes, e Andre?s Colognesi, estudante de gradua??o em engenharia mecatr?nica, com pesquisa na área de inteligência artificial, ambos da USP, concederam entrevista exclusiva ao Diário do Povo Online.
Bruna e Andrés, que defenderam sua ideia com mérito no concurso promovido pela empresa chinesa, falaram sobre a elabora??o e vitória da mesma.
A ideia apresentada no concurso tomou como base o uso do aplicativo por pessoas totalmente cegas ou com alguma deficiência visual.
De ante-m?o os estudantes explicaram que desenvolveram uma solu??o que pudésse atender as necessidades sociais inerentes da popula??o com necessidades especiais, e que em paralelo pudesse ser interessante para o mercado.
Segundo os estudantes, as pessoas com deficiência visual encontram dificuldades até mesmo para concluir o registro no aplicativo, ainda assim eles viram que o problema de localiza??o exigia maior grau de urgência para o uso a contento do aplicativo por parte das mesmas, e sua solu??o lhes parecia mais atrativa a nível mercadológico.
O problema de localiza??o, inclui pedir o táxi, encontrar o local exato em que o carro está, e, ao, chegar ao local de destino, saber em que dire??o seguir após sair do carro.
Bruna explicou que para o problema de solicitar o táxi, eles pensaram em viabilizar esta fun??o por meio de comando de voz, onde a pessoa possa falar o destino, o aplicativo, que já possui a ferramenta de “chat box”, deverá ent?o transformar a mensagem em texto para o motorista, e quando este responder que está a caminho, por exemplo, essa mensagem deve ser transmitida como áudio para quem solicita o transporte.
Andrés e Bruna, que n?o se conheciam anteriormente demonstraram sintonia e muita maturidade ao explicar o “valor de uma ideia”, que, segundo Bruna, é t?o importante quanto o conhecimento técnico para viabilizar a sua aplica??o, já que entre estudantes com domínio técnico e ideias t?o boas quanto à deles, eles ainda assim conseguiram se destacar.
Andrés explicou que para solucionar o problema de achar o carro e ao sair do carro, achar seu destino, eles pensaram num sistema de mapa sonoro, que emite sons para a pessoa, quando ela segurar o celular na palma da m?o. Ao direcionar o celular na dire??o do carro um sinal será emitido, de modo que ao descer do carro será possível localizar o local para onde deseja ir.
Ambos souberam do concurso através do departamento de transporte da USP, Andrés passou por um processo seletivo que avaliou o desempenho dos alunos graduandos, já Bruna foi convidada por um de seus professores. Eles defendem que essa participa??o entre universidade, governo e empresas privadas é extremamente benéfica para a popula??o em geral, e uma forma positiva de inserir o estudante no mercado de trabalho.
Em visita à China pela primeira vez, Bruna afirmou que apesar de n?o dominar o idioma, n?o teve dificuldades para se locomover pela cidade. E destacou a receptividade como sendo uma semelhan?a entre o povo chinês e o povo brasileiro.
Andrés acredita que esta tenha sido uma experiência muito enriquecedora, já que a China tem se destacado na área de inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) no cenário mundial. E acredita que sua vinda à China irá ampliar seus conhecimentos em AI.
O concurso “Didi Engine” contou com a participa??o de 14 professores e estudantes brasileiros da Universidade de S?o Paulo e da Universidade Estadual de Campinas, que estiveram em Beijing, formaram equipe com estudantes da Universidade de Tsinghua e participaram de atividades que envolveram treinamento de empreendedorismo, programa??o de 48 horas de competi??o e aulas de pesquisa em inteligência artificial.