Por Fu Yuanyuan
Em 21 e 22 de setembro, o Terceiro Seminário Internacional do "Diálogo entre Civiliza??es da China e da América Latina", com o tema “China e América Latina: 70 anos de entendimento mútuo e troca de experiências”, foi realizado em Xuzhou, província de Jiangsu, leste da China.
Mais de 100 oficiais, diplomatas, empresários, acadêmicos, jornalistas e representantes de agências de comunica??o cultural da China e da América Latina participaram do evento.
No seminário, foi publicado um novo livro intitulado "História oral: vozes e testemunhas do intercambio cultural entre China e América Latina" que regista a história do intercambio de humanidades entre a China e a América Latina nos últimos 70 anos desde a funda??o da República Popular da China.
Pablo Rovetta, uruguaio, também é um dos protagonistas do livro, compartilhou o que sentiu sobre as grandes mudan?as na China nos últimos 70 anos.
“Grandes mudan?as ocorreram em todos os aspectos da vida dos chineses. No passado, tínhamos apenas repolho e melancia, mas agora podemos comer qualquer coisa quando quisermos", disse Rovetta a Diário do Povo Online, "As viagens ao exterior s?o muito comuns para o povo chinês hoje, mas eram inimagináveis no passado."
Rovetta vive na China há 44 anos, mas sua conex?o com a China come?ou desde o seu pai. Naquela altura, seu pai era responsável pela venda de alguns livros da China para o Uruguai e países da América Latina, e leu muitos livros da China desde quando era crian?a.
Quanto ao intercambio entre a China e os países da América Latina, Rovetta acredita que a iniciativa “Um Cintur?o, Uma Rota” é benéfica para os dois lados. “Por exemplo, o Uruguai exporta carne para a China, o que criou novos empregos para o povo uruguaio, também ofereceu mais op??es para o povo chinês. E o investimento da China em países latino-americanos como o Uruguai criou novos empregos para os dois lados".
Nos 70 anos de intercambios entre a China e a América Latina, desde o início do nívle n?o-governamental até a "fase de travessia" do rápido desenvolvimento da coopera??o pragmática em vários campos, o relacionamento atual China-América Latina apresenta um novo padr?o multinível, de área ampla e abrangente.
Em seu discurso na cerim?nia de abertura do seminário, o diretor do departamento para assuntos da América Latina do Ministério das Rela??es Exteriores, Zhao Bentang, disse que a Iniciativa “Um Cintur?o, Uma Rota” promove o crescimento da coopera??o China-América Latina. Em 2018, o volume de comércio China-América Latina ultrapassou US $ 300 bilh?es pela primeira vez. A América Latina se tornou o segundo maior destino de investimentos chineses no exterior depois da ásia. Ao mesmo tempo, o intercambio entre mídias, grupos de reflex?o e universidades dos dois lados est?o se aproximando".
Segundo Wang Rongjun, vice-diretor do Instituto Latino-Americano, Academia Chinesa de Ciências Sociais, existem apenas 4 institui??es de pesquisa latino-americanas estabelecidas antes de 2000 e 44 institui??es desde 2011, com o crescimento rápido. Até o momento, existem 56 institui??es de pesquisa latino-americanas (excluindo Hong Kong, Macau e Taiwan).
O embaixador da Col?mbia na China, Luis Diego Monsalve, disse que no passado, a maioria dos estudos sobre as rela??es China-América Latina se concentrava no comércio. Atualmente, os dois lados realizam intercambio bilateral nos campos da cultura, literatura e academia. Nosso objetivo sempre foi aprender e conhecer mutuamente através do diálogo entre civiliza??es, e aprofundar as rela??es China-América Latina para o benefício de nossos povos".
Durante o seminário, também foi divulgado o “Instituto de Intercambio entre o Povo da China-América Latina” (Institute for China-LAC People-to-people Exchange).
Guo Cunhai, diretor do Escritório de Investiga??o Social e Cultural do Instituto Latino-Americano, Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que o instituto se concentrará em encontrar pessoas relevantes no intercambio cultural entre a China e a América Latina e recuperar a memória deles, fornecerá aconselhamento político com base em pesquisas completas, a fim de preencher a lacuna no estudo de intercambio de humanidades entre a China e a América Latina.
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