Rio de Janeiro, 18 nov (Xinhua) -- O desmatamento na Amaz?nia brasileira cresceu 29,5% entre agosto de 2018 e julho de 2019, com um total de 9.762 quil?metros quadrados de área atingida, o maior nível em uma década, informou o governo nesta segunda-feira.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), trata-se do maior aumento anual de desmatamento desde 2008, quando registrou 12.911 quil?metros quadrados.
Os dados s?o do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amaz?nia Legal por Satélite (Prodes), que s?o divulgados uma vez por ano com base nas imagens obtidas por satélite e, segundo o Inpe têm uma precis?o de 95%.
O crescimento da área desmatada no período entre agosto de 2017 a julho de 2018 registrou 7.536 quil?metros quadrados, enquanto a mais alta desde 1988 ocorreu em 1995, com 29.059 km2. O menor índice foi de 4.571 km2, em 2012 e, desde ent?o, o aumento anual vinha sendo de 11,4%, em média.
No evento de divulga??o dos dados, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, atribuiu o aumento da área desmatada a um número maior de atividades econ?micas ilegais na regi?o e prometeu combate-las.
"Atividades econ?micas ilegais necessitam ser atacadas em sua origem. é necessário ter uma a??o de comando e controle contra estas atividades", disse Salles, que admitiu que "o índice está longe do que queríamos" e defendeu "um ambientalismo de resultados (...), com alternativas de economia sustentável para aquela regi?o da Amaz?nia".
O aumento do desmatamento na Amaz?nia e dos incêndios na regi?o provocou duras críticas da comunidade internacional em julho e agosto, e o governo reagiu enviando o Exército para ajudar nas tarefas de combate ao fogo.
Apesar disso, várias marcas internacionais anunciaram que deixariam de comprar produtos brasileiros que contribuíssem para o desmatamento.