Por Zhong Sheng, traduzido por Mauro Marques
O uso constante de mentiras para provocar e desacreditar a China é algo que tem sido apanágio do secretário de Estado estadunidense Mike Pompeo. A 15 de novembro, ele proferiu um discurso na Universidade Rice, no qual, após abordar a sua experiência da Guerra Fria, referiu uma “amea?a do Partido Comunista da China (PCCh)”, no qual os EUA surgem como vítima. O secretário de Estado aproveitou ainda a ocasi?o para caluniar a China relativamente a um suposto “roubo de direitos de propriedade intelectual” e “imposi??o de transferências de tecnologia”. Todos os males teriam, alegadamente, a mesma fonte: a “amea?a chinesa”. Pompeo tem vindo a repetir incessantemente estas mentiras por três semanas consecutivas, expondo o seu caráter: preconceito mesclado com malícia, arrogancia cruzada com prepotência.
Perante o panorama descrito pelas palavras de Pompeo, o mundo pode facilmente compreender o jogo de soma zero, com raízes na guerra fria, aqui proposto. Este tipo de raciocínio tenta sistematicamente criar clivagens, divis?es e até mesmo ódios. Numerosos fatos provam que o poder destrutivo deste tipo de ideologia é potencialmente nefasto no domínio das rela??es internacionais, pois qualquer tentativa de promover o confronto e provocar disputas consiste num claro obstáculo à paz e ao desenvolvimento mundiais.
Uma mentira, por muito repetida que seja, n?o deixa de o ser. Todos os tipos de teorias de uma suposta “amea?a chinesa” foram arruinadas perante os fatos. é por este motivo que os alvos s?o agora o PCCh e o governo do país. No entanto, um truque n?o pode simplesmente ser substituído por um outro estratagema. A sua finalidade está fadada a ser v?.
Passados 70 anos desde a funda??o da Nova China, sob a lideran?a do PCCh, a na??o chinesa alcan?ou a prosperidade e riqueza. A lideran?a do PCCh é o requisito mais essencial para garantir a plena concretiza??o do socialismo com características chinesas, sendo fruto de uma escolha histórica e popular.
Os fatos provam eloquentemente desde há muito que o caminho de desenvolvimento escolhido pela China é correto, e que nenhuma for?a pode freiar o ímpeto do povo e da na??o chinesa. Os chineses têm uma confian?a firme no seu caminho, teoria, sistema e cultura, e avan?ar?o intrepidamente rumo ao socialismo com características chinesas. Quaisquer ruídos especulativos que sugiram o contrário n?o passam de farsas, sem capacidade de alterar os fatos ou reverter a tendência geral.
é universalmente compreendido que a China nunca irá buscar o seu desenvolvimento à custa dos interesses de outros países. O desenvolvimento da China n?o representa nenhuma amea?a para terceiros. A 2a Expo Internacional de Importa??o da China, realizada recentemente, é um exemplo disso mesmo.
Um total de 181 países, regi?es e organiza??es internacionais participaram, mais de 3800 empresas e mais de 500,000 pessoas marcaram presen?a durante a sua dura??o para realiza??o de negócios. O volume negociado durante a última edi??o foi de 71,13 bilh?es de dólares, um aumento de 23% face à primeira edi??o.
Os resultados frutíferos verificados comprovam que o “círculo de amigos” da China é cada vez maior. Os esfor?os do país em prol de uma economia mundial aberta e de uma comunidade de destino comum para a humanidade s?o notórios e extensamente populares. Perante esta situa??o, Pompeo vem criticando incessantemente a coopera??o da China com os seus parceiros globais.
As rela??es sino-estadunidenses n?o podem se podem traduzir em um jogo de soma zero. Os dois países têm interesses e problemas comuns. O respeito mútuo, a busca de consensos e a conten??o de divergências s?o as políticas adequadas para a coexistência dos dois países. Isto n?o se trata meramente dos interesses da China e dos EUA, mas dos interesses de todo o globo.
é urgente evitar erros históricos irreparáveis, decorrentes de uma vis?o de curto prazo. Em um discurso recente, o ex-secretário de Estado Henry Kissinger apelou a que os EUA e a China evitem uma postura de confronto e procurem gerir as diferen?as. “Na possibilidade de uma mudan?a da conjuntura, ambas as partes devem procurar oportunidades”.
Apelamos a que Pompeo abandone o seu preconceito ideológico e mentalidade obsoleta da Guerra Fria, que reverta a sua retórica anti-China e, no sentido oposto, fa?a algo consentaneo com o seu estatuto de secretário de Estado, evitando degradar a confian?a mútua e rela??o entre os dois países.