Hong Kong, 3 dez (Xinhua) -- Hong Kong deve registrar seu primeiro deficit or?amentário em 15 anos para o atual ano fiscal se encerrando em 31 de mar?o, já que a economia entrou em uma recess?o técnica em meio à prolongada agita??o social, disse um funcionário sênior na segunda-feira.

A previs?o foi feita por Paul Chan, secretário financeiro do governo da Regi?o Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) da China, em uma reuni?o do Conselho Legislativo (LegCo).

A economia sem ponto brilhante levou ao declínio da receita tributária e da comercializa??o de terrenos, e o governo local alocou fundos para aliviar a press?o sobre as empresas e os indivíduos, disse Chan ao explicar o deficit diante dos membros do Painel de Assuntos Financeiros do LegCo.

"O sentimento dos negócios se tornou pessimista, afetado por incertezas externas e incidentes violentos locais que se arrastam há meses", disse Chan.

O governo de Hong Kong reduziu sua previs?o de produto interno bruto para 2019 para 1,3% negativo, o que será o primeiro declínio anual da regi?o desde 2009. A economia de Hong Kong caiu 2,9% no terceiro trimestre, um forte contraste ante o crescimento de 0,4% no segundo trimestre.

O volume de exporta??es de bens de Hong Kong caiu cerca de 10% em termos anuais em outubro, e as exporta??es de servi?os caíram 13,8%, marcando a maior queda desde o segundo trimestre de 2003.

Em outubro, as vendas no varejo caíram 24,3% em rela??o ao ano anterior, o maior declínio registrado em um único mês. A receita combinada de restaurantes diminuiu 13,6% ano a ano no terceiro trimestre, a maior queda desde o segundo trimestre de 2003. Já os visitantes em Hong Kong caíram 43,7%.

"Essas indústrias est?o sofrendo um inverno sombrio", disse Chan.

O mercado de trabalho também foi abalado, com a taxa de desemprego subindo para 3,1% no período entre agosto e outubro. A taxa de desemprego no setor de restaurantes atingiu 6,1%, o maior nível em seis anos.

Com a continua??o dos incidentes violentos, Chan expressou preocupa??o com os grandes desafios para a economia no próximo ano e impactos ainda maiores no nível de vida dos cidad?os, bem como a confian?a abalada dos investidores internacionais.

"Precisamos de esfor?os conjuntos de todos os setores da comunidade para acabar com a violência e o caos e facilitar a recupera??o econ?mica", disse Chan. "Para que a ordem possa ser restaurada, os moradores possam viver novamente uma vida pacífica e as empresas possam operar normalmente."