A China defende que, nas rela??es internacionais, todas as partes devem respeitar estritamente a Carta da ONU e, como tal, a soberania e integridade territorial iraquianas devem ser respeitadas, por forma a manter a paz e estabilidade na regi?o do Oriente Médio.
Cada país tem a responsabilidade de manter a paz e seguran?a internacionais. Qualquer ato de for?a abusivo ou a??o militar arriscada é inaceitável no contexto internacional. No presente, o mundo está preocupado com as consequências do lan?amento de um ataque de míssil dos EUA sobre o Aeroporto Internacional de Bagdad, a 3 de janeiro, e com o aumento incisivo do risco de conflito militar entre os EUA e o Ir?, acrescentando novas variáveis à já complexa e difícil conjuntura do Oriente Médio.
Face a problemas difíceis, temos de manter uma posi??o objetiva e justa, seguindo os princípios da igualdade e justi?a, por forma a encontrar uma solu??o para o problema. A China defende que todas as partes devem se reger pelos princípios da Carta da ONU e pelas normas básicas das rela??es internacionais. A soberania e integridade territorial do Iraque devem ser respeitadas e a paz e estabilidade no Oriente Médio salvaguardadas.
A voz da justi?a da comunidade internacional representa a for?a para a preserva??o da paz e estabilidade. “A Rússia op?e-se ao desrespeito brutal sobre a soberania de outros países, especialmente sob a forma de a??o militar unilateral”. “A Fran?a op?e-se ao uso da for?a nas rela??es internacionais”, “Os EUA s?o responsáveis pela instabilidade no Iraque e a política norte-americana visa criar tens?o na regi?o”... a comunidade internacional expressou a sua voz contra o uso unilateral de for?a militar por parte dos EUA.
A insatisfa??o entre o povo estadunidense foi também estimulada através de marchas contra a guerra decorridas em Washington, Chicago e outras cidades, a 4 de janeiro, onde as pessoas gritaram “N?o à guerra, n?o às san??es contra o Ir?!”, “Os EUA têm de retirar as tropas do Iraque”, entre outros slogans. Uma sondagem anterior pela Chicago Board of Global Affairs revela que praticamente metade dos americanos acreditam que a interven??o militar torna o país mais inseguro, revelando que a interven??o militar unilateral é impopular.
A resolu??o do conflito entre os EUA e o Ir?o n?o pode ser alcan?ada pela via militar ou da press?o extrema. Desde que os EUA abandonaram unilateralmente o acordo nuclear iraniano e repuseram san??es sobre o país, as rela??es bilaterais têm vindo a se deteriorar. Especialmente desde maio do ano passado, quando os EUA aumentaram a press?o sobre o país.
O acordo integral sobre a quest?o nuclear iraniana foi um sucesso importante de diplomacia multilateral, materializando os esfor?os de todas as partes envolvidas, e representando um apoio importante para a manuten??o da paz e estabilidade no Oriente Médio. Todos os intervenientes devem agora comunicar para prevenir que o ataque afete a implementa??o do acordo integral sobre a quest?o nuclear iraniana. Apenas através da promo??o de solu??es pacíficas, recorrendo a meios políticos, é possível prevenir um ciclo vicioso de violência. Apenas pela via da promo??o do diálogo e da coopera??o com um espírito inclusivo é possível encontrar solu??es duradouras para resolver tais contradi??es.
“Vivemos uma altura em que líderes de vários países têm de exercer conten??o máxima. O mundo n?o pode enfrentar uma nova Guerra do Golfo”, adverte Farhan Huck, porta-voz do secretário-geral António Guterres.
Deve ser ressaltado que qualquer a??o que exacerbe as tens?es e a instabilidade na regi?o do Oriente Médio refletir-se-á em desastres sem fim. S?o disso exemplos a guerra despoletada no Iraque em 2003, e os tumultos na ásia Ocidental e norte de áfrica em 2011. Os fatos provaram repetidamente que o uso unilateral da for?a n?o resolve problemas, sendo contraproducente e originando ciclos viciosos de confronto difíceis de reparar.