Diário do Povo
Após a epidemia do novo coronavírus, a Organiza??o Mundial de Saúde tem vindo a reiterar que n?o recomenda que a comunidade internacional implemente restri??es ao comércio e ao turismo, apelando a todos para tomarem medidas fundamentadas. No entanto, há países que escolheram ignorar as recomenda??es da OMS, implementando restri??es excessivas. Este tipo de conduta egoísta, n?o só previne o controlo eficiente da epidemia, mas cria artificialmente o panico, desestabiliza a coopera??o e mobiliza??o de pessoas no plano internacional, compromete o mercado dos transportes aéreos e o normal desenvolvimento da economia mundial.
Perante uma epidemia, qualquer passo irracional ou menos refletido pode criar problemas secundários. Quando a OMS classificou o surto do novo coronavírus como uma “emergência de saúde pública de interesse internacional”, foi recomendada a n?o restri??o do comércio e da movimenta??o de pessoas. Trata-se de um veredito profissional, emitido por uma autoridade credível, com base nos regulamentos de saúde internacionais. é neste momento óbvio que, gra?as às medidas resolutas de controle e preven??o exercidas pela China, o número de casos confirmados e diagnósticos fora das suas fronteiras perfaz apenas 1% do total. A Organiza??o Internacional de Avia??o Civil constatou que as medidas que n?o tenham em considera??o as recomenda??es relevantes da OMS, sem fundamenta??o, podem produzir resultados negativos desnecessários.
“Respostas com base no medo, desinforma??o, racismo e xenofobia n?o nos salvar?o de emergências como o novo coronavírus. Dezasseis juristas especializados na área da saúde de países como EUA, Reino Unido, Canadá, Suí?a, Chile e Itália comentaram no jornal inglês The Lancet, lan?ando apelos aos países concernentes para levantarem as restri??es sobre as viagens, apoiando a OMS no cumprimento dos regulamentos de saúde internacionais e para adotarem um espírito de entreajuda. Tal voz consiste na responsabilidade de respeitar as leis do direito internacional e prote??o dos interesses comuns globais.
A investiga??o e prática científicas demonstraram que a tomada de restri??es extremas, tal como a navega??o aérea n?o reduz o risco da propaga??o do vírus. A imprensa estadunidense publicou um artigo onde é referido que o cancelamento de voos, cruzeiros e encerramento de fronteiras, contra as delibera??es de agências internacionais, n?o só resulta em danos auto-infligidos, mas também no desperdício da oportunidade de aprender com erros do passado.
Na era da globaliza??o, torna-se necessária a partilha de responsabilidades e de trabalhar em conjunto para fazer frente aos desafios. Depois do início do surto, a Tailandia, Camboja, Paquist?o, Canadá e outros países tornaram claro que n?o ir?o restringir a entrada de cidad?os chineses. O presidente francês Macron afirmou que a Fran?a respeita as opini?es profissionais da OMS na resposta à epidemia, qualificando os trabalhos que têm vindo a ser desenvolvidos de “objetivos”. O consulado-geral francês em Wuhan está ainda operando.
Patty Hajdu, ministra da Saúde do Canadá, afirmou que a interdi??o a turistas chineses de entrarem no país n?o irá impedir a propaga??o do vírus. Hun Sen, o primeiro-ministro cambojano, visitou a China durante a epidemia para demonstrar o apoio do seu país ao governo chinês durante a luta contra a epidemia. O c?nsul-geral coreano em Wuhan insistiu em manter atividade na cidade durante a epidemia. Os fatos revelam que os la?os entre os países continuam fortes e resilientes, n?o podendo ser comprometidos por atos unilaterais.
Na era da globaliza??o, os interesses e destinos das na??es est?o interligados. A resposta à epidemia n?o é, de modo algum, motivo para cessar as atividades económico-sociais. As atividades excessivas ou extremas servem apenas para contrariar a minimiza??o do impacto negativo da epidemia. Com base em relatos na imprensa norte-americana, as restri??es impostas pelo país devido à epidemia ir?o ferir severamente as empresas americanas que necessitam de produtos chineses ou que têm por alvo os clientes no país. A Goldman Sachs emitiu recentemente um relatório constatando que as restri??es americanas ir?o reduzir a chegada de turistas chineses em 28%, bem como o consumo em $5,8 bilh?es.
O presidente Xi Jinping disse recentemente em uma chamada com o seu homólogo estadunidense Donald Trump que as “epidemias requerem esfor?os concertados por parte de todos os países”, uma “análise calma e formula??o racional de medidas de resposta”. Em resposta a crises de saúde pública, n?o devemos entrar em panico e implantar o caos com medidas restritivas excessivas. Na era da globaliza??o, o ato de tratar os outros países como uma amea?a e tirar proveito do seu estado de debilidade apenas resultará em danos aos interesses nacionais e aos interesses comuns de todos os países.
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