Até as 17h do dia 19 de mar?o, hora de Brasília, o país havia confirmado 621 casos de infe??o por novo coronavírus e 7 mortes.
Os dois estados com o maior número de diagnósticos foram S?o Paulo e o Rio de Janeiro, com 286 e 65 casos, respetivamente. As mortes registradas ocorreram nestes dois estados, sendo que as vítimas tinham todas mais de 60 anos. Dos 20 estados e distritos federais do Brasil, houve 6 focos de transmiss?o comunitária.
Para prevenir o alastramento da epidemia, o governo brasileiro irá fechar as fronteiras terrestres com a Argentina, Bolívia, Col?mbia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru e Suriname dentro de 15 dias. Os voos n?o foram restritos e grupos seletos de pessoas, incluindo nacionais brasileiros e residentes permanentes no Brasil, poder?o continuar a entrar no país normalmente. O Brasil encerrou anteriormente algumas das suas fronteiras com a Venezuela, estando atualmente discutindo com o Uruguai o encerramento da fronteira entre os dois países.
Anteriormente, apenas 3 laboratórios nos estados do Rio de Janeiro, S?o Paulo e Pará estavam capacitados para detetar o novo coronavírus. No presente, laboratórios de saúde pública em 26 estados e distritos federais passaram a ter capacidade de dete??o. O país pode produzir 3,500 a 4,000 kits a cada 3 dias e distribuí-los por laboratórios em vários estados para aumentar a dete??o do novo coronavírus.
De modo a evitar despedimentos em massa devido à suspens?o laboral e a assegurar que a taxa de empregabilidade no país n?o registra uma queda abrupta, o governo brasileiro sugeriu também ao congresso que, durante o período epidemiológico, os salários poder?o ser deduzidos com base na propor??o do menor número de horas laborais dos trabalhadores.
A GOL, a segunda maior transportadora aérea brasileira, anunciou que irá suspender todos os voos internacionais entre 23 de mar?o e 30 de junho. A Associa??o Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) prevê que, devido à epidemia, a demanda de voos domésticos no Brasil irá cair em 30% e que a demanda por voos internacionais venha a decrescer em 50%. O pre?o do combustível deverá se tornar mais caro com a aprecia??o do dólar americano, e os custos operacionais para as transportadoras aéreas aumentar?o como consequência. A situa??o para o setor é, portanto, severa.
Desde este ano, o real brasileiro depreciou em 26% face ao dólar.