Lisboa, 16 abr (Xinhua) -- O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou na quinta-feira em um discurso nacional televisionado mais uma prorroga??o de 15 dias do estado de emergência, até 2 de maio, em um esfor?o para combater a pandemia da Covid-19.
O parlamento português aprovou a segunda prorroga??o no início do dia. A maioria dos partidos políticos no parlamento votou a favor do decreto.
O estado de emergência de 15 dias, o primeiro do tipo na história portuguesa, foi declarado em 18 de mar?o e renovado em 2 de abril até 17 de abril. De acordo com a Constitui??o Portuguesa, o estado de emergência n?o pode durar mais do que 15 dias, mas pode ser renovado com o mesmo prazo.
Em seu discurso, o presidente português disse que "espera ter assinado a última prorroga??o" do estado de emergência, deixando a mensagem de que a economia e a sociedade ser?o reativadas gradualmente e com cautela no próximo mês.
"Tudo dependerá do que conseguirmos alcan?ar até o final de abril", alertou, acrescentando que maio deve ser o mês da "ponte entre o dever e a esperan?a".
Rebelo de Sousa justificou que a medida era necessária por três raz?es.
A primeira é dar mais tempo para "cuidar das casas dos idosos", explicou.
A segunda é continuar a "estabilizar o número de interna??es diárias" de pessoas infectadas, para n?o "sobrecarregar e garantir a resposta do Sistema Nacional de Saúde", disse.
A terceira e "mais importante" raz?o para a prorroga??o é dar "tempo e espa?o para o governo definir critérios, estudar e preparar para o final de abril a abertura gradual da economia".
"Os próximos 15 dias ser?o decisivos. Tudo isso só será possível se atingirmos as metas em abril. N?o podemos 'morrer na praia'", disse.
Até o momento, Portugal registrou 18.841 casos de Covid-19 e 629 mortes, de acordo com o último boletim das autoridades sanitárias.