O ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, anunciou em sua rede social na quinta-feira (16), que foi demitido pelo presidente Bolsonaro.
Mandetta atuou como ministro da Saúde desde o início do mandato de Bolsonaro, em janeiro de 2019. No entanto, o presidente brasileiro e seu ministro da Saúde vinham divergindo a respeito do modelo de isolamento a ser adotado para enfrentar o surto do coronavírus no país.
Bolsonaro defende que seja realizado um isolamento vertical, somente para idosos e pessoas consideradas no grupo de risco. Enquanto Mandetta defendeu que o país adotasse as recomenda??es da Organiza??o Mundial de Saúde (OMS), com o fechamento de escolas e universidades, distanciamento social em ambiente de trabalho e proibi??o de eventos com aglomera??o.
Em uma coletiva de imprensa no domingo (12), o ent?o ministro da saúde, afirmou que a popula??o brasileira n?o “sabe se escuta o presidente ou o ministro” em rela??o ao isolamento, o que causou desconforto até entre os que defendiam sua permanência no governo.
Em seu Twitter, ao anunciar sua demiss?o, Mandetta agradeceu a oportunidade de gerenciar o Sistema único de Saúde (SUS), “de p?r de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus”.
O ex-ministro da saúde considerou ainda em sua publica??o no Twitter que o coronavírus é o grande desafio que o SUS deverá enfrentar.
Mandetta será substituído por Nelson Luiz Sperle Teich, sua nomea??o foi publicada em Diário Oficial na tarde de quinta-feira.
Teich escreveu artigo recente defendendo o isolamento horizontal, tal como Mandetta. Em suas redes sociais, Nelson Teich afirmou que para enfrentar a crise n?o se deve levar em conta apenas fatores econ?micos ou apenas fatores sanitários.
Bolsonaro acredita que o isolamento amplo causa prejuízos à economia, de maneira mais grave do que as mortes provocadas pelo coronavírus, que já alcan?am 1.947 até o momento em todo o Brasil.