Washington, 22 abr (Xinhua) -- As remessas globais devem cair até 20% este ano devido à crise econ?mica gerada pela Covid-19, previu na quarta-feira o Grupo do Banco Mundial.
A queda prevista, que seria o "maior declínio" na história recente, deve-se em grande parte a uma redu??o nos salários e no emprego dos trabalhadores migrantes, que tendem a ser mais vulneráveis à perda de salários e ao desemprego durante uma crise econ?mica em seus países, avaliou o Grupo do Banco Mundial em um comunicado.
Prevê-se que as remessas para países de baixa e média renda caiam 19,7%, para US$ 445 bilh?es, representando a perda de uma linha crucial de financiamento para muitas famílias vulneráveis, segundo o comunicado.
"As remessas s?o uma fonte vital de renda para os países em desenvolvimento", destacou o presidente do Grupo do Banco Mundial, David Malpass, observando que as remessas ajudam as famílias a pagar alimentos, cuidados de saúde e necessidades básicas.
Malpass disse que "a recess?o econ?mica em curso causada pela Covid-19 está afetando severamente a capacidade para enviar dinheiro para casa e torna ainda mais vital que reduzamos o tempo de recupera??o para as economias avan?adas".
"Enquanto o Grupo do Banco Mundial implementa a??es rápidas e amplas para apoiar os países, estamos trabalhando para manter abertos os canais de remessa e salvaguardar o acesso das comunidades mais pobres a essas necessidades básicas", afirmou o presidente.
Os fluxos de remessas devem cair em todas as regi?es do Grupo do Banco Mundial, principalmente na Europa e ásia Central (27,5%), seguidas pela áfrica Subsaariana (23,1%), Sul da ásia (22,1%), Oriente Médio e Norte da áfrica ( 19,6%), América Latina e Caribe (19,3%) e Leste Asiático e Pacífico (13%).