“Os EUA s?o especialistas a destruir as pessoas respeitando a humanidade”. Esta é uma tirada famosa de Toqueville, um famoso pensador político francês, meio século após a funda??o dos EUA. Cerca de 200 anos depois, as suas considera??es reafirmam-se, uma e outra vez.
O necrotério de Nova Iorque estava t?o sobrecarregado que os corpos das vítimas mortais tiveram de passar a ser transportados envoltos em len?óis. O crematório trabalhou sem parar durante 24 horas e o estado decidiu transportar os restos mortais das vítimas do coronavírus para uma ilha desabitada. Devido aos elevados custos de tratamento, deixaram de haver seguros para os afetados no fundo da piramide social.
Em apenas 8 semanas, o número de mortes da epidemia nos EUA excedeu o total do número de soldados americanos que perderam a vida na Guerra do Vietn?. A crise humanitária causada pela resposta deficiente do governo representa uma tragédia para os EUA.
Com que estar?o afinal os políticos americanos ocupados? O presidente Trump que, nas suas palavras, tinha dificuldade em dormir à noite dado o pranto pela situa??o no país, foi para Camp David no fim de semana. O secretário de Estado, Mike Pompeo, alardeou ter “muitas provas” que o novo coronavírus havia originado no laboratório de Wuhan, mas n?o conseguiu avan?ar com nada conclusivo. Pete Navarro, conselheiro da administra??o da Casa Branca, e um grupo de senadores, como Marco Rubio, est?o desesperados por denegrir a China, tentando de tudo para conspurcar a imagem do país.
Foram precisos menos de 100 dias para o número de casos confirmados passar de 1 para um milh?o de casos nos EUA. Durante este período os políticos americanos foram lentos na tomada de decis?o, alegando que o vírus n?o era t?o sério como a gripe e que os testes em larga escala haviam sido atrasados. Trump sabe da seriedade da epidemia mas desvaloriza-a, dizendo até que o número de mortos “n?o é mais do que 100,000, o que quer dizer que fiz um bom trabalho”. Pompeo, Rubio e outros apregoam o slogan dos direitos humanos, atacam a China, cortam o apoio à OMS, sancionam Cuba, o Ir?, etc. N?o só silenciaram o fogo perante uma crise humanitária dentro do próprio país, como tentaram despoletar outras crises no resto do mundo.
A intertextualidade da história conturbada dos EUA e a realidade atual demonstram o verdadeiro significado do conceito de “direitos humanos” dos EUA: apoderamento dos direitos humanos dos outros para satisfazer a própria ganancia.
As pessoas com o mínimo de consciência em todo o mundo devem compreender que os políticos americanos que descartam suas vidas, n?o s?o qualificados para se chamarem de “defensores dos direitos humanos”. Eles elaboram mentiras e armadilhas, culpando os outros em benefício próprio. Todavia, n?o conseguem sequer responder à quest?o mais simples, no amago da natureza humana: perante a morte de dezenas de milhares de vidas, têm alguma dor na consciência?
Se é que têm consciência.