Por Qiu Haifeng, Diário do Povo

Os trabalhadores da China regressaram aos seus postos nas várias indústrias do país. Na fábrica de Jinjiang da Fujian Qianjinbai Technology Co. Ltd., a produ??o de tapetes de ioga voltou a recuperar terreno.

“As 4 fábricas da empresa voltaram a retomar os trabalhos no início de fevereiro, com um ritmo inicial de menos de 50%, que entretanto voltou aos 100%. A produ??o entre mar?o e abril atingiu os 29 milh?es de yuans, o que significa um retorno à normalidade”. As vendas de bandas elásticas de exercício e tapetes de ioga, entre outros produtos para o exercício físico em casa, têm estado em destaque, o que levou ao preenchimento da agenda de Su Yugu.

O volume de tráfego fluvial do Yangtzé retomou a normalidade. Foto: Zheng Kun \ Diário do Povo Online

A Qianjinbai é um microcosmo da recupera??o das empresas chinesas sob a epidemia. Olhando para o país inteiro, o ritmo a que as empresas retomam a produ??o tem continuado a acelerar.

Desde o início do surto do novo coronavírus, o desenvolvimento econ?mico da China tem sofrido um forte impacto, mas trata-se de um distúrbio temporário e periódico, sem impacto no desenvolvimento da economia chinesa. No presente, os trabalhos de preven??o e controle epidemiológico da China se tornaram normais, e o progresso na retomada da produ??o em várias regi?es foi significativamente acelerado. A ordem da produ??o e a vida no país recuperaram gradualmente, sendo que várias políticas ajudaram a estabilizar o emprego e a produ??o. Todos os setores da sociedade no país têm plena confian?a na recupera??o da economia.

Empresas de todo o país est?o a produzir a todo o vapor. Em Shandong, mais de 3000 trabalhadores do parque industrial Huangdao Hisense est?o intensificando sua produ??o de TVs inteligentes, após a normalidade ter sido retomada. Em Henan, o Grupo Jinhui, ligado à reciclagem de recursos renováveis, tem ido ao encontro das necessidades dos consumidores.

Entretanto, vários outros projetos arrancaram: o Hub Logístico Internacional de Hubei, a sec??o ferroviária de alta velocidade de Zhengwan, na província de Hubei, entre outros projetos, recome?aram os trabalhos em abril. Este ano, 4 milh?es de pessoas na bacia do rio Yeerqiang atravessaram em seguran?a a esta??o das cheias. A constru??o do maior projeto doméstico de energia hidrelétrica do Tibete está decorrendo e a primeira unidade ficará operacional em 2021, como planejado.

As indústrias-chave recuperaram sustentadamente. Em Beijing, 6 indústrias, incluindo cadeias de supermercados, servi?os domésticos, cadeias de distribui??o logística, mercados de varejo, gasolineiras e mercados de produtos agrícolas atingiram um ritmo de recupera??o de 100%. Em Shanghai, empresas do setor de inteligência artificial e de circuitos integrados, todas retomaram a produ??o. Em Chongqing, duas indústrias pilares de automóveis e produtos eletr?nicos também restabeleceram a produ??o total.

Os feitos notáveis alcan?ados pela China foram aclamados pela comunidade internacional. O vice-secretário-geral para os Assuntos Humanitários da ONU, Mark Lowcock, real?ou que a economia chinesa estava recuperando e que tal representa um grande contributo para a vitória final na luta global contra a epidemia e na recupera??o global.

Stephen Roach, um investigador da Universidade de Yale nos EUA, acredita também que a China está no centro da cadeia de fornecimento global e desempenha um papel importante no comércio. A retomada da produ??o é, por isso, “encorajadora”.

A cadeia de capital é fundamental para uma empresa, sendo que diversas políticas fiscais e financeiras foram entretanto implementadas em todo país. O Ministro das Finan?as e da Administra??o Estatal aumentou a isen??o do IVA micro e pequenas empresas e indústrias de pequena dimens?o.

Martin Raiser, diretor da filial do Banco Mundial na China, elogiou a “resposta rápida e atempada” do governo chinês e abordou a sua importancia para a recupera??o econ?mica. A emiss?o de liquidez para o mercado, corte de impostos e apoios à seguran?a social, permitiram adaptar medidas eficazes na economia. “Há ainda margem para a implementa??o de mais políticas de apoio à recupera??o econ?mica no futuro”.

Com estabilidade laboral, a situa??o é bastante favorável. Incluindo a promo??o do emprego de trabalhadores migrantes, o Ministro dos Recursos Humanos e seguran?a social, trabalharam em conjunto para aloca??o e transferência de recursos entre 10,000 empresas e no recrutamento de 500,000 trabalhadores. A agiliza??o das seguradoras ajudou também as empresas a estabilizar a oferta laboral. Um total de 3,2 milh?es de empresas recebeu apoios de seguradoras de 42,3 bilh?es de yuans, beneficiando 80,76 milh?es de empregados. Foram também oferecidos cursos intensivos de competências para trabalhar online a um número alargado da popula??o ativa do país.

Kenneth Jiang, vice-diretor do Departamento da ásia-Pacífico do Fundo Monetário Internacional, acredita que a China está gradualmente retomando a produ??o e que a economia deverá recuperar no segundo trimestre e na segunda metade do ano. “No seguimento da normaliza??o da atividade produtiva, a economia chinesa irá crescer substancialmente em 2021”.

“No longo prazo, a economia chinesa continuará a avan?ar e tenho plena confian?a nas perspetivas de desenvolvimento futuro da China”. Alan Barrel, professor da Judge Business School na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, permanece otimista quanto ao futuro desenvolvimento da China.