Pelo menos 4 enfermeiros em um hospital de cuidados intensivos em Atenas, no estado americano da Georgia, apresentaram queixa por falsifica??o de testes de Covid-19, naquilo que alegadamente consiste em uma tentativa de esconder um surto nas instala??es, segundo a imprensa estadunidense.
Com base no processo, o Hospital Landmark de Atenas “p?s em prática um esquema para obter propositadamente resultados negativos falsificados de pacientes que anteriormente haviam testado positivo para a Covid-19”.
Os enfermeiros disseram que o hospital havia instruído o staff a usar o método incorreto de testes. Foi-lhes pedido para recolher amostras da garganta de um paciente, mas para enviar as amostras para um laboratório gerido pelo Hospital Piedmont, o qual apenas recolhe os resultados de zaragatoas nasais, sabendo de antem?o que os resultados seriam negativos, segundo a 11Alive, uma publica??o local.
“O hospital fabricou resultados negativos para poder continuar a dar alta a pacientes e receber novas admiss?es, evitando as aten??es negativas e ignorando casos positivos de Covid-19”, refere a publica??o.
Uma enfermeira disse ao 11Alive que, após ter administrado adequadamente um teste que revelou ser positivo, foi repreendida por n?o ter ordem de um médico para a realiza??o de um teste.
No dia 18 de junho, havia 363 casos positivos de Covid-19 com 15 mortes e 54 hospitaliza??es no condado onde o hospital está localizado. A institui??o alega n?o ter quaisquer casos positivos de Covid-19, mas pelo menos um enfermeiro disse ao 11Alive que tal n?o é verdade.
Um dia depois do caso ter sido submetido em tribunal, a 17 de junho, a instala??o contava com 35 pacientes hospitalizados, incluindo 4 dos 5 que haviam testado positivo para a Covid-19 na semana anterior. Os enfermeiros n?o sabiam qual dos pacientes testara positivo, segundo o processo.
à medida que o vírus continua a se alastrar nos EUA, tais omiss?es representam um risco de saúde pública para a popula??o americana, despertando uma forte resposta do público. Enquanto isso, o hospital Landmark n?o é o único a tentar esconder os números reais. O presidente Donald Trump também voltou a se envolver em polêmica tendo pedido à sua administra??o para abrandar o número de testes.
“Quando se fazem testes a esta escala v?o aparecer mais pessoas, v?o ser detetados mais casos”, disse Trump durante o seu primeiro comício em Tulsa, Oklahoma, a 20 de junho. “Por isso eu disse aos meus colaboradores, ‘a(chǎn)brandem os testes, por favor’”.
Além de subestimar os problemas domésticos, o governo Trump está também exportando casos para outros países.
De acordo com um editorial do New York Times de 18 de junho, o país agora está conscientemente espalhando a pandemia para além de suas fronteiras, continuando a deportar milhares de imigrantes, muitos infetados com o coronavírus, para países pobres e mal equipados combater a doen?a.
Em 23 de junho, o número de mortos nos EUA por COVID-19 atingiu os 120.000, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. Os Centros de Controle e Preven??o de Doen?as anunciaram em 18 de junho que o número de mortos no país deveria subir para 145.000 em 11 de julho, o que significa que até 25.000 americanos poder?o perder a vida nas próximas semanas.