Nenhum dos jornalistas chineses nos EUA recebeu resposta das autoridades americanas na sua candidatura à extens?o de visto até quinta-feira, o dia em que os seus vistos expiram, segundo o porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores, Wang Wenbin.
“A China será compelida a tomar as medidas necessárias e legítimas se os EUA insistirem em seguir o caminho errado e redobrarem os seus erros”, disse Wang aos repórteres durante uma coletiva em Beijing na quinta-feira.
Os EUA tomaram várias medidas contra a imprensa chinesa desde 2018. A 8 de maio, a dura??o dos vistos concedidos a jornalistas chineses foi reduzida para 90 dias, impondo uma renova??o a cada 3 meses.
Sob os atuais regulamentos, se os jornalistas n?o receberem uma resposta ao seu pedido de extens?o, o caso passará a ser considerado “em processamento” e ter?o autoriza??o para permanecer por 90 dias adicionais, até 4 de novembro.
Wang disse que as a??es dos EUA comprometeram profundamente a atividade dos jornalistas chineses, corrompendo a reputa??o da imprensa chinesa e afetando o normal intercambio interpessoal entre os dois países.
“Foram os EUA a causar a atual situa??o e s?o os responsáveis”, disse ele, apelando a Washington para corrigir imediatamente seus erros e cessar a opress?o política à imprensa e aos jornalistas chineses.
O porta-voz disse ainda na quinta-feira que a China valoriza que a Austrália aceite o desenvolvimento chinês, mas que espera que o país “passe das palavras aos atos”, de modo a promover a parceria estratégica sino-australiana bem como a paz e estabilidade regionais.
Durante o Fórum de Seguran?a Aspen, realizado online na quarta-feira, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse que o seu país n?o havia encontrado evidências no sentido de restringir o aplicativo de vídeos de curta dura??o TikTok.
Morrison disse também que a constru??o de uma alian?a no Indo-Pacífico com na??es análogas será uma “prioridade crítica” para o seu governo, e que a ascens?o da China enquanto parceiro econ?mico tem sido positiva para economia mundial, para a regi?o do Indo-Pacífico e para a Austrália.
Wang concluiu: “A China está sempre comprometida com o desenvolvimento pacífico e nunca irá buscar a hegemonia ou o confronto”. Ele acrescentou que a arquitetura da coopera??o regional deve seguir a tendência dos tempos e as aspira??es das pessoas, as quais se baseiam na paz, coopera??o, desenvolvimento e benefício coletivo.