Mais de 30 grandes grupos empresariais dos EUA disseram na ter?a-feira que é improvável que implementem a recente ordem executiva (OE) do presidente Donald Trump sobre o diferimento de imposto sobre a folha de pagamento, uma vez que se provaria "impraticável" e imporia uma grande cobran?a de impostos sobre as famílias americanas no próximo ano.
"De acordo com a lei atual, o OE cria um passivo tributário substancial para os funcionários no final do período de adiamento", escreveram esses grupos empresariais, incluindo a Camara de Comércio dos Estados Unidos, em uma carta para a presidente da Camara, Nancy Pelosi, o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell e secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
"Sem uma a??o do Congresso para perdoar essa responsabilidade, ele amea?a impor sérias dificuldades aos funcionários que enfrentar?o um grande projeto de lei fiscal como resultado do adiamento", segundo a carta.
Em uma tentativa de contornar o Congresso, Trump no início deste mês assinou uma série de ordens executivas para estender certo alívio econ?mico de COVID-19, incluindo o adiamento do pagamento de impostos sobre a folha de pagamento dos funcionários de setembro até o final do ano.
Embora os funcionários dos EUA possam obter um benefício relativamente pequeno de diferimento este ano, eles podem incorrer em contas de impostos sobre a folha de pagamento de até cerca de 2.232 dólares americanos com vencimento em 2021, dependendo de sua renda, de acordo com cálculos da Camara de Comércio dos EUA.
"Muitos de nossos membros consideram injusto para os funcionários tomarem uma decis?o que os obriguem a pagarem um grande imposto no próximo ano. Também seria impraticável implementar um sistema em que os funcionários tomem essa decis?o", Segundo a carta.
"Muitos de nossos membros provavelmente se recusar?o a implementarem o adiamento, optando por continuar retendo e remetendo ao governo os impostos sobre a folha de pagamento exigidos por lei", observou a carta, convidando o Congresso e a administra??o Trump a trabalharem juntos para fornecerem a taxa de alívio t?o necessária para as famílias americanas sem impor uma grande cobran?a de impostos futuramente.
A carta veio enquanto legisladores do Congresso e funcionários da Casa Branca permanecem em um impasse sobre o próximo projeto de lei de alívio de COVID-19. Economistas alertaram que a economia dos EUA corre sério risco de voltar à recess?o se a Casa Branca e o Congresso n?o chegarem a um acordo sobre outro pacote de resgate fiscal nos próximos meses.
"A incapacidade do Congresso e do governo de chegarem a um acordo tem um custo humano muito real e grandíssimo", disse Neil Bradley, vice-presidente-executivo e diretor de políticas da Camara de Comércio dos EUA, em comunicado na ter?a-feira.
"Para que escolas e empresas obtenham os recursos de que precisam para reabrirem com seguran?a, para que as pequenas empresas mantenham suas portas abertas e para que aqueles que perderam seus empregos continuem sustentando suas famílias, o Congresso deve agir. N?o há desculpa para a inércia," disse ele.