Os Estados Unidos, e n?o a China, devem ser responsabilizados por desencadear distúrbios e comprometer a ordem e a paz em todo o mundo, disse um porta-voz chinês no domingo, pedindo aos EUA que parem de difamar a política de defesa e os militares da China.

"Nos últimos 20 anos, os EUA lan?aram guerras ilegais e opera??es militares contra o Iraque, Síria, Líbia e outros países, causando mais de 800.000 mortes e dezenas de milh?es de civis inocentes perderam seus lares", disse o coronel Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional, em nota publicada no site do ministério. "Muitos anos de evidências demonstram que s?o os Estados Unidos o fomentador da agita??o regional, o violador da ordem internacional e o agente destruidor da paz mundial. Este fato é universalmente reconhecido por membros da comunidade internacional".

Em vez de refletir sobre seus próprios crimes, os EUA continuam fazendo declara??es falsas sobre o justo desenvolvimento da capacidade de defesa da China e medidas razoáveis destinadas a proteger sua soberania e interesses de seguran?a, disse ele.

"Instamos os EUA a considerarem a defesa e o refor?o militar da China com objetividade e raz?o, a pararem de fazer declara??es e relatórios incorretos e a tomarem medidas concretas para manter um desenvolvimento positivo nas rela??es entre as duas na??es e respetivos exércitos", disse Wu.

Os comentários do porta-voz surgem em resposta ao último relatório dos Estados Unidos sobre a defesa nacional - Desenvolvimentos Militares e de Seguran?a que Envolvem a República Popular da China em 2020 - divulgado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos neste mês.

Wu disse que o relatório distorce intencionalmente a rela??o entre o Partido Comunista da China e os militares chineses, deturpa as políticas de defesa e estratégias militares da China, agita as tens?es sobre uma suposta amea?a militar da China, espalha informa??es falsas sobre a defesa e a moderniza??o militar da China e torna infundadas as acusa??es contra a China por seus gastos com defesa, políticas nucleares e a quest?o de Taiwan.

"Esta é uma nova evidência de difama??o da China e das for?as armadas chinesas pelos EUA", disse Wu. "As publica??es de tais relatórios nos últimos 20 anos consecutivos nada mais s?o do que atos hegem?nicos e provocatórios que prejudicam as rela??es entre as duas na??es e seus militares."

A China expressa forte indigna??o e firme oposi??o a tais atos, e fez representa??es solenes junto dos EUA, disse.

O porta-voz elaborou que o Exército de Liberta??o do Povo é uma for?a militar sob a lideran?a do PCC, cujo propósito é servir o povo chinês. O Partido fundou e sempre norteou o ELP. O ELP fez enormes sacrifícios e contribui??es para a independência e liberta??o nacional, bem como para o desenvolvimento socioecon?mico da na??o.

Ele ressaltou que a China segue um caminho de desenvolvimento pacífico, defendendo estratégias militares e de defesa de natureza defensiva. O país desenvolve suas for?as armadas apenas para salvaguardar sua soberania, seguran?a e interesses de desenvolvimento, n?o representando nenhuma amea?a a qualquer outra na??o.

As opera??es das for?as armadas chinesas no exterior ajudam a fornecer seguran?a e oportunidades às na??es, em vez de amea?as e desafios. A China sempre foi uma for?a dedicada a manter a paz mundial, bem como um contribuinte ativo para a manuten??o da paz e realiza??o de miss?es de socorro em desastres em todo o mundo, disse Wu.

Desde a eclos?o da pandemia COVID-19, os militares chineses compartilharam sua experiência de combate à pandemia com diversos países, tendo doado inúmeros equipamentos médicos para ajudar na batalha global contra a propaga??o da doen?a, acrescentou.

Com rela??o a Taiwan, Wu disse que é o Partido Democrático Progressista que governa a ilha e as for?as estrangeiras anti-China que continuam a alimentar as tens?es no Estreito de Taiwan. Ele disse que o ELP está determinado a usar todas as medidas necessárias para impedir a??es que interfiram nos assuntos internos da China ou comprometam a paz e a estabilidade no estreito.