O vice-ministro das Rela??es Exteriores da China, Luo Zhaohui, fala em uma reuni?o virtual do ARF em Beijing, em 12 de setembro de 2020. / Ministério das Rela??es Exteriores da China
O vice-ministro das Rela??es Exteriores da China, Luo Zhaohui, disse que os países asiáticos devem aprofundar a coopera??o na luta contra a pandemia da Covid-19 e na seguran?a, visto que o mundo hoje ainda enfrenta amea?as de terrorismo e outros problemas globais.
Luo fez os comentários em uma reuni?o virtual do Fórum Regional (ARF) da Associa??o das Na??es do Sudeste Asiático (ASEAN) no sábado, um dia após o aniversário de 11 de setembro.
Luo disse que os países do ARF devem aprender com a li??o do 11 de setembro e reconhecer plenamente que vivemos em uma aldeia global e precisamos da coopera??o internacional para combater o terrorismo.
A reuni?o do ARF, que contou com a presen?a de diplomatas e funcionários de todos os membros da ASEAN, China, Jap?o e Coréia do Sul, aprovou vários documentos, incluindo a declara??o proposta pela China sobre coopera??o em seguran?a da informa??o e tecnologia no contexto de seguran?a internacional.
A China segue sempre o caminho do desenvolvimento pacífico e da estratégia de benefício mútuo e de ganho bilateral, e continuará com uma política de boa vizinhan?a e vizinhan?a amigável para promover a estabilidade regional, observou Luo.
A China espera que o ARF seja uma plataforma de coopera??o e diálogo em vez de confronto, disse ele.
Os EUA pretendem militarizar o Mar da China Meridional: aderiu à mentalidade da Guerra Fria com a estratégia Indo-Pacífico e enviou 3.000 avi?es e mais de 60 navios de guerra para aumentar a tens?o na água, disse Luo.
Os EUA se tornaram "o maior impulsionador da militariza??o do Mar da China Meridional" e o "fator mais perigoso que prejudica a paz" na regi?o, disse Luo.
Um dia antes, a Assembleia Geral da ONU aprovou por esmagadora maioria uma resolu??o abrangente sobre como lidar com a pandemia, apesar das obje??es dos EUA e de Israel.
O órg?o mundial de 193 membros adotou a resolu??o por uma vota??o de 169-2, com a absten??o da Ucrania e da Hungria. Foi uma forte demonstra??o de unidade por parte do órg?o mais representativo da ONU, embora muitos países esperassem a ado??o por consenso.
Na resolu??o de sexta-feira (11), a Assembleia Geral afirmou que a pandemia representa "um dos maiores desafios globais na história das Na??es Unidas" e pede "intensifica??o da coopera??o e solidariedade internacional para conter, mitigar e superar a pandemia e suas consequências".
Luo disse que a China é a for?a "positiva" para impulsionar um esfor?o global para combater a pandemia. A China enviou 50 milh?es de dólares para a OMS, 34 equipes médicas para 32 países e ofereceu 283 lotes de suprimentos para mais de 150 países e quatro organiza??es internacionais, observou Luo.
Internamente, o governo chinês adere aos princípios centrados nas pessoas, priorizando a vida para curar pacientes e conter a propaga??o da epidemia, acrescentou.
O coronavírus é como o terrorismo no sentido de que transcende as fronteiras nacionais e precisa de unidade e coopera??o globais para enfrentá-lo, enfatizou ele.
Luo afirmou que a China continuará a se abrir e a se opor à chamada retórica de dissocia??o.
Ele também apelou aos países para apoiarem a iniciativa global de seguran?a de dados proposta pela China, emitida pelo Conselheiro de Estado e Ministro das Rela??es Exteriores Wang Yi no início deste mês, que pediu o estabelecimento de padr?es globais sobre seguran?a de dados para promover o multilateralismo na área em um momento em que "países individuais" est?o "intimidando" outros a "ca?ar" empresas.