A produ??o brasileira da vacina contra o coronavírus Coronavac, do laboratório chinês Sinovac Biotech, que está na última fase de testes no Brasil, estará disponível para outros países latino-americanos depois da imuniza??o da popula??o local, afirmou nesta segunda-feira o governador de S?o Paulo, Jo?o Doria.
"Houve contatos e entendimentos de outros países da América Latina interessados na vacina Coronavac", disse Doria em entrevista à imprensa, ao se referir à coopera??o para testar a vacina entre o laboratório chinês e o centro produtor de vacinas estatal Instituto Butantan.
Segundo o governador a coopera??o ou venda a outros países latino-americanos acontecerá assim que a vacina, caso receba autoriza??o da Agência de Vigilancia Sanitária (Anvisa), possa ser fabricada na nova unidade fabril que come?ará a ser montada em novembro pelo Instituto Butantan para produzir a Coronavac no Brasil.
Inicialmente, no caso de aprova??o da vacina no Brasil, ser?o disponibilizadas 60 milh?es de doses da Coronavac para o Instituto Butantan, a partir de dezembro, até 28 de fevereiro.
A fábrica que receberá a transferência de tecnologia do laboratório chinês estará pronta em 2022, segundo as proje??es oficiais.
"As obras come?am em novembro, o plano para a conclus?o da fábrica está pronto e depois de receber a transferência de tecnologia iniciaremos a produ??o local. Esta produ??o estará disponível também para outros países latino-americanos. Primeiro, estamos preparando para a vacina??o no Brasil e depois para outras na??es do nosso continente", comentou.
Doria destacou que a Anvisa ampliou de 9.000 a 13.000 o número de voluntários brasileiros que podem ser submetidos aos testes da vacina. Os resultados sobre a eficiência da Coronavac no Brasil estar?o disponíveis a partir da segunda metade de outubro para que a Anvisa possa avaliá-los e aprovar ou n?o a vacina.
"Na China houve seguran?a nos testes superior a 94% sem efeitos colaterais. Os testes clínicos em S?o Paulo, Turquia e Indonésia v?o apresentar mais comprova??es", afirmou.
S?o Paulo, o estado mais populoso do Brasil com 46 milh?es de habitantes, é o mais afetado pela COVID-19 no país, tanto em número de mortes como de infectados.
No entanto, o governador destacou que, pela décima semana consecutiva, os registros de interna??es e de óbitos de coronavírus caíram em S?o Paulo.