Um novo estudo do Instituto de Medicina Molecular Jo?o Lobo Antunes (IMM) indica que os anticorpos contra o vírus SARS-CoV-2, o pat?geno responsável pela Covid-19, s?o detetados até sete meses após a infe??o em 90 por cento dos doentes.
Os resultados, agora publicados no European Journal of Immunology, revelam também que os níveis de anticorpos produzidos s?o determinados pela gravidade da doen?a, e n?o pela idade da pessoa infetada.
O estudo teve início no início da pandemia em Portugal, em mar?o de 2020.
Trabalhando com médicos do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, a equipa monitorizou os níveis de anticorpos de 300 doentes e profissionais de saúde e mais de 200 voluntários que foram acompanhados após contraírem Covid-19.
"Os resultados deste estudo ao longo de seis meses revelam um padr?o clássico de resposta imunológica até o 7o mês após a infe??o, com um rápido aumento dos níveis de anticorpos nas primeiras três semanas após os sintomas e uma redu??o subsequente", explicou Marc Veldhoen, investigador principal da o projeto.
"Na fase inicial de resposta, os resultados demonstram que, em média, os homens produzem mais anticorpos do que as mulheres, mas os níveis s?o equilibrados durante a fase de resolu??o e s?o semelhantes entre ambos os sexos nos meses após a infe??o por SARS-CoV-2", acrescentou.
Em colabora??o com o Instituto Português de Sangue e Transplantes (IPST), Veldhoen confirmou “uma atividade robusta até ao sétimo mês após a infe??o em grande parte dos indivíduos previamente testados”.
“Os próximos meses ser?o essenciais para avaliar a robustez da resposta do sistema imunitário à infe??o por SARS-CoV-2 e encontrar pistas para algumas quest?es em aberto, como a dura??o da resposta ou da possibilidade de reinfe??o”, segundo o pesquisador do IMM.
Dados da Organiza??o Mundial da Saúde indicam que, em 2 de outubro, 193 vacinas candidatas à Covid-19 estavam sendo desenvolvidas em todo o mundo, das quais 42 estavam em testes clínicos em meio a uma luta global contra a pandemia.